O Palmeiras superou a equipe do Libertad-PAR na noite desta terça-feira, por 3 a 0, no Allianz Parque, e avançou às semifinais da CONMEBOL Libertadores, fase do torneio que disputará agora pela oitava vez (assim como em 1961, 1968, 1971, 1999, 2000, 2001 e 2018). Os gols palmeirenses foram marcados por Gustavo Scarpa, Rony e Gabriel Menino.
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Com os três gols, o Palmeiras ampliou o saldo de time com melhor ataque na atual edição, com 29 bolas na rede, quatro a mais que o River Plate-ARG. Os artilheiros do time na competição são Willian Bigode, Rony e Luiz Adriano, ambos com quatro bolas na rede na atual edição.
Campeão em 1999 e vice em 1961, 1968 e 2000, o Palmeiras busca o bicampeonato. Nesta noite, o time chegou a 22 jogos de mata-mata disputados como mandante pela Libertadores, dos quais venceu 14. Ou seja: considerando duelos de volta disputados sob mando do Verdão, seja decidindo no Palestra Italia (atual Allianz Parque), Pacaembu ou Morumbi, foram 14 classificações (ou título) contra oito vezes em que ficou pelo caminho (ou foi vice-campeão) nas 22 disputas realizadas. Saldo extremamente favorável.
Como mandante na Libertadores, o Palmeiras possui chegando a 215 gols (nesta edição ultrapassou o Cruzeiro, antigo recordista com 201). Assim, o Alviverde, que também é o brasileiro com mais gols como visitante, com 144 tentos anotados fora de casa, se mantém como o que mais balançou as redes no geral, com 359 gols, que o colocam na 7ª posição do ranking de todos os clubes, de qualquer nacionalidade.
Agora com 29 gols na atual edição, aliás, o Palmeiras superou, com folga, seu antigo recorde de mais gols em uma mesma edição de Libertadores neste século, que era de 26 bolas na rede em 2001. Além disso, a vitória, de quebra, fez o Verdão igualar ainda seu recorde de triunfos numa única edição de Libertadores neste século. Atualmente, soma oito resultados positivos em dez jogos, igualando o ano de 2018, então recordista no Século XXI: oito vitórias obtidas em 12 duelos.
Já se for considerar os jogos de mata-mata no Allianz Parque, com o formato que hoje possui, de arena (inaugurado em 2014), por qualquer competição, foram 24 disputas ao todo. O Maior Campeão do Brasil se deu bem em 18 das 24 vezes que disputou partidas em sistema eliminatório em sua casa considerando apenas o duelo decisivo valendo vaga à próxima fase ou título de qualquer competição. Desses, nove confrontos foram pela Libertadores, dos quais o Alviverde venceu sete e foi eliminado em duas ocasiões apenas.
Antes do Libertad-PAR, o único paraguaio que enfrentou no Allianz Parque em uma partida eliminatória, o Verdão se deu bem: passou pelo Cerro Porteño em 2019, mesmo perdendo por 1 a 0 com Felipe Melo expulso desde os minutos iniciais da partida, o Alviverde se classificou devido ao triunfo por 2 a 0 em Assunção no jogo de ida, com dois gols de Borja.
Individualmente, quem está com tudo em cima é Abel Ferreira. Com bom retrospecto em seu início no Palmeiras (oito vitórias em nove jogos, e uma única derrota sofrida), o português Abel Ferreira, que tem ótimo aproveitamento de 89%, retornou hoje após ter ficado de fora dos últimos três compromissos do Verdão por ter contraído o novo coronavírus. Ao todo, em seu trabalho no Alviverde, são 12 duelos disputados, incluindo os duelos comandados pelos compatriotas Vitor Castanheira (2 a 2 contra o Ceará, que valeu vaga às semifinais da Copa do Brasil) e João Martins, sendo os três mais recentes antes do desta noite (empates por 2 a 2 contra o Santos pelo Brasileiro e 1 a 1 com o Libertad-PAR e vitória por 3 a 0 do Bahia).
Uma estatística curiosa chama a atenção em torno de Abel. Em casa, dirigindo o Verdão, o treinador tem 100% de aproveitamento (ou seja, venceu todas as partidas que disputou): foram seis ao todo, e não sofreu nenhum gol sequer! Superou o Bragantino (1×0), Ceará (3×0), Fluminense (2×0), Athletico-PR (3×0), Delfín-EQU (5×0) e agora o Libertad-PAR (3×0). Foram 17 gols marcados nestes seis duelos.
Abel é o terceiro técnico estrangeiro a comandar o Verdão na principal competição do continente – o primeiro foi o argentino Armando Renganeschi, que em 1961, logo na primeira participação do clube no torneio, conduziu o time à final, e o segundo foi o também argentino Alfredo González, ex-jogador alviverde nos anos 40, que em 1968 levou a equipe ao segundo vice-campeonato consecutivo (González, assim como Abel, passou a comandar a equipe no decorrer do campeonato, enquanto Renganeschi ocupou o cargo durante todos os jogos da campanha).