O professor Reginaldo Gonçalves, coordenador do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM), salienta ser muito importante que o Copom, na reunião que se encerrará nesta quarta-feira, 7 de fevereiro, mantenha a política de promover quedas sucessivas na taxa de juros. ???Nem poderia ser diferente, pois a inflação está bem abaixo da meta oficial, o desemprego continua muito elevado e a economia crescendo pouco. Ou seja, não há qualquer indicação de que a inflação volte a ameaçar os brasileiros neste momento???.
 
Por isso, o professor salienta a necessidade de medidas efetivas para um crescimento mais acentuado da economia. ???Só o juro baixo não incentiva investimentos, não cria empregos e não oferece toda a confiança que o empresariado exige para aportar recursos em expansão e abertura de novos negócios???.
 
Reginaldo Gonçalves lembra a informação recém-divulgada, de que caiu a proporção de empregos formais no País. ???Este é um problema que se soma à gravidade do contingente de desempregados já existente no País. A reforma trabalhista ainda não produziu os efeitos esperados no sentido de gerar mais postos de trabalho, inclusive relativos aos contratos temporários, que poderiam ser um alento para quem está à procura de emprego???.
 
Para o professor, embora a economia esteja se recuperando em ritmo lento, ainda há uma razoável insegurança atrelada às incertezas políticas. ???O ano eleitoral, que ocorre no momento da saída da maior crise de nossa história, deixa o cenário nebuloso e incerto, inapropriado para os investimentos. Por isso, o povo brasileiro precisa muito mais do que juros baixos. Este são importantes, mas a retomada dos investimentos e dos empregos é premente???.