Palestina- Nada é tão ruim que não possa piorar. Nesta semana, o premiê israelense, em visita ao presidente dos Estados Unidos, ouviu do mesmo a intenção de fazer da Faixa de Gaza um território totalmente israelense, sem a presença de palestinos.
Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral da ONU, presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, aprovou a Resolução 181, recomendando a partilha da Palestina. A recomendação nunca foi implementada na íntegra. Criou-se o Estado de Israel, mesmo não tendo a aceitação dos povos árabes. O Estado da Palestina nunca saiu do papel, infelizmente. De lá pra cá, os conflitos se intensificam a cada ano, surgindo, em meio às lutas, grupos extremistas que já desistiram do diálogo há um bom tempo.
Gaza hoje é uma terra arrasada. Sem estrutura alguma, sem água, sem eletricidade. A reação truculenta de Israel em face aos sequestros de outubro de 2023 foi sem limites, bem ao gosto do premiê israelense. Já se fala em um holocausto palestino, para vergonha de milhares de judeus espalhados mundo a fora.
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Como se não bastasse tamanha dor ao povo palestino, surge o mandatário da Casa Branca com essa pérola da semana. Fazer a Faixa de Gaza um território israelense é desconhecer a realidade daquela região. Com mais de 2 milhões de palestinos que, sofridamente, ali residem e ali lutam pela implementação de uma Palestina livre e soberana.
Diria que o grande desafio do século XXI é fazer valer a recomendação oriunda da Resolução 181 da ONU. Que a diplomacia dos países membros da ONU consiga, com determinação, fazer com que a recomendação se torne imperativa no objetivo de ser o Estado Palestino. O judeu equilibrado reconhece plenamente esse direito.
Minha esperança é que na Casa Branca existam conselheiros sábios, equilibrados e que levem bom senso ao presidente americano. Equilíbrio, humildade, respeito, tolerância, prudência, compreensão, gentileza… são palavras e posturas que cabem neste momento, sem nenhuma contraindicação.
Pela paz no Oriente Médio! Por uma Palestina inteira, livre e soberana! Que as nações aprendam a viver em paz!
É isso!
Rev. Ailton Gonçalves Dias Filho
Pastor Presbiteriano e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie
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