Na vida, digo em qualquer segmento, é assim: você aponta para esquerda, como se ali existisse o caminho das pedras, mas a intenção é só desviar o foco da direita. Isso se chama sinal invertido, como diria uma grande amiga e professora da vida.

Quando Omar Najar, um sujeito milionário e prefeito de uma cidade com orçamento estimado em R$ 800 milhões por ano, revela publicamente seu desprezo por uma instituição centenária, que, diga-se de passagem, sempre foi a embaixadora de Americana, ele só tem um único objetivo, o de mudar a direção da visão de quem o colocou no cargo.

Não pense você que esse artigo é uma defesa aberta a investimento público no time profissional do Rio Branco. Chega de pão e circo! Todos já sabem que o erário municipal não pode, por lei federal, ser aplicado em um clube privado. Embora o chefe do Executivo pense que seja tolo, o americanense sabe também que o dinheiro da saúde é exclusivo para a saúde. A verba da educação só pode ser aplicada na educação. E ninguém seria louco de tentar inverter essa lógica.
Mas, quando a saúde fecha unidades básicas, a educação corta apostilas das crianças e a precatória da Prefeitura só aumenta, o melhor caminho é falar que o Rio Branco causa prejuízo. Sim, meus amigos, essa é uma estratégia antiga na política. E não seria agora, no momento da retomada das forças conservadoras da cidade, que veríamos mudança na forma de conduzir os eleitores que clamam por soluções.

Discurso simplório e antigo. Fala populista, baixa e já calculada pelo poderoso dono do Paço Javert Galassi. ?? muito fácil dizer que a Prefeitura de Americana não tem dinheiro para pagar um talão de energia do ainda estádio municipal Décio Vitta por conta da falta remédio no HM. Difícil mesmo é reconhecer que, por pura falta de vontade, as dependências do DV não são bem utilizadas pela Prefeitura, e aí o problema não é do Rio Branco. Cabe a administração atual conseguir transformar aquela praça esportiva em um parque de eventos. Dar um finalidade sócio-educativa talvez ao espaço, afinal ali é palco para dezenas de atividades.

Porém, repito, a fala serve apenas para inverter a verdadeira carência de Americana, que tem por ano cerca de R$ 30 milhões de retorno de mídia espontânea com o Rio Branco, de acordo com a empresa G8 Sports, de marketing esportivo. Najar não fere apenas a imagem do Tigre, mas machuca principalmente a moral do americanense, que vê no time um dos orgulhos da cidade.