A tão prometida reforma política (PECc 182/07 e outras), ensaiada nos corredores de Brasília e alvo de uma comissão especial recentemente dissolvida pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não renderá grandes ???surpresas???.
Ou melhor, efeitos práticos para o eleitor e o cidadão. A votação sobre as mudanças eleitorais, que começam nesta terça-feira e vão até quinta, só tem uma aposta nos bastidores: a possível adoção do ???distritão??? na eleições proporcionais. Essa fórmula, caso aprovada, fará com que o candidato a vereador, deputado federal ou estadual seja eleito através de seus próprios votos e não os da legenda. A mudança, que vem sendo articulada pelo PMDB na Câmara e no Senado, é alvo de críticas de alguns partidos e cientistas políticos.
Além do ???distritão???, outros temas estarão em votação esta semana pela seguinte ordem: o financiamento de campanhas, a proibição da reeleição, a mudança na duração dos mandatos de cargos eletivos e a cota de 30% para as mulheres. Também estão entre os temas o fim das coligações e a cláusula de barreira. A mudança do dia de posse do presidente da República e o fim do voto obrigatório também são pontos importantes, mas nos bastidores, comenta-se que essas pautas não vêm sendo cotadas para a aprovação.