Este mês é, até agora, o janeiro mais chuvoso desde 2012 na RMC (Região Metropolitana de Campinas). O acumulado de chuvas era de 148,8mm (milímetros) ontem, segundo o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura). O volume é mais que o triplo do registrado nos primeiros 12 dias do ano em 2014 e 2015, mas segue dentro da média histórica.
De acordo com a pesquisadora Priscila Coltre, até anteontem o volume de chuvas era de 95,5mm. “Isso foi o que choveu em 2016 até agora. Além disso, até as 16h de hoje (ontem), foi registrado mais 53,3mm, que dá total de 148,8mm. Se pegarmos a média histórica de janeiro, que é de 280mm, estamos dentro da normalidade”, afirmou Priscila.
Segundo ela, a precipitação abaixo na média nos dois últimos anos traz uma falsa impressão. “No mesmo dia em 2015, tinha chovido somente 44,4mm, enquanto em 2014 o acumulado era só de 46,9mm. Então como os dois últimos anos foram mais secos do que a média, achamos que está muito chuvoso. Está um pouco acima da média, mas está dentro do esperado”.
No mesmo período de 2013, pouco antes do início da crise hídrica, já havia chovido 116,3mm. Em 2012, o volume foi de 160,7mm. “Esses são os níveis já dentro da normalidade”, completou a pesquisadora.
7 CIDADES EM ATEN????OAs Defesas Civis de sete cidades da RMC decretaram estado de atenção por conta do volume de chuvas acumulado durante 72 horas, na manhã de anteontem. A situação foi constatada em Americana, Artur Nogueira, Campinas, Itatiba, Monte Mor, Nova Odessa e Sumaré.
As chuvas de ontem provocaram pontos de alagamentos em Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste. As Defesas Civis das três cidades já deram início, ontem, ao monitoramento das áreas de risco.
Em Americana, uma árvore caiu, atingiu a fiação elétrica e derrubou um poste na Rua Torres Homem, no Cordenonsi. A CPFL Paulista afirmou que 132 imóveis ficaram sem energia por conta da queda e que a previsão era de que a situação fosse normalizada até o final da noite de ontem. TODODIA