A alta nos lançamentos imobiliários nos últimos meses começa a se refletir nos números de empregos na Região Metropolitana de Campinas (RMC). O setor da construção civil fechou agosto com um saldo de 157 empregos com carteira assinada fechados no mês de agosto, nos 20 municípios que formam a RMC. No mês de julho, a quantidade de vagas eliminadas ??? diferença entre as contratações e demissões ??? havia sido de 501. Os Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados no final da semana passada apontam redução na velocidade de demissões na RMC.
De acordo com o Caged, o setor da construção civil na RMC contratou em agosto 1.739 pessoas. No mesmo período, foram comunicadas ao Ministério 1.896 homologações de desligamentos, o que resulta no saldo negativo de 157 vagas. Já no acumulado do ano, foram 15.407 contratações e 16.484 demissões, que dá um saldo de 1.077 postos de trabalhos eliminados em oito meses. Dos 20 municípios da RMC, nove fecharam o mês com saldo número maior de contratações. Nove fecharam no vermelho, liderados pelo segundo mês consecutivo por Paulínia (com 80 vagas eliminadas em agosto e 584 em julho). Engenheiro Coelho ficou estável, sem nenhuma contratação e demissão. Já Morungaba não tem os dados listados no balanço mensal do Caged.
Segundo o presidente da Associação Regional da Construção de Campinas e Região (Habicamp), Francisco de Oliveira Lima Filho, vale ressaltam que o número de demissões na RMC vem caindo por dois meses seguidos: foram 1.896, enquanto que em julho as demissões chegaram a 2.409.
Já as contratações, quando analisadas como um todo nas vinte cidades, foram menores (1.739 em agosto contra 1908 em julho). Porém, municípios maiores, como Campinas, onde se concentra o maior número de lançamentos imobiliários, foram feitas 693 contratações no mês passado e 659 em julho. “Isso mostra que as construtoras já começam a fazer contratações para dar início às obras de lançamentos realizados no final do ano passado e início deste ano”, explica Oliveira Lima.
“Já havíamos detectado este sinal no mês passado, que agora vem ser reforçado com os números de agosto, apesar das incertezas quanto aos cenários político e econômico neste momento”, completa o presidente da Habicamp.