(Reuters) – O Uber perdeu nesta sexta-feira um recurso que buscava reverter decisão de um tribunal britânico que determinou que seus motoristas devem receber direitos trabalhistas, como salário mínimo, em um golpe para o aplicativo de transporte no momento em que também luta para manter sua licença de operação em Londres.
A empresa disse que irá recorrer da decisão desta sexta-feira no Tribunal de Apelação do Trabalho de Londres.
A empresa norte-americana, que enfrenta obstáculos legais e regulamentares em todo o mundo em meio à oposição dos serviços tradicionais de táxi e preocupação entre alguns órgão reguladores, foi forçada a descontinuar suas operações em vários países, como Dinamarca e Hungria.
No ano passado, dois motoristas tiveram sucesso em um processo que acusava o Uber de exercer controle significativo sobre eles para fornecer um serviço de táxi sob demanda e deveria conceder-lhes direitos trabalhistas, como férias e folgas.
A empresa diz que seus motoristas gozam da flexibilidade de trabalho e são trabalhadores autônomos, conferindo-lhes apenas direitos básicos, como saúde e segurança.
A decisão não se aplicará automaticamente aos 50 mil motoristas do aplicativo no Reino Unido, mas abre precedente para outras reivindicações.
Nesta sexta-feira, o Uber confirmou que irá recorrer contra a última decisão judicial. Um porta-voz disse que a empresa tinha 14 dias para enviar sua apelação e decidir se encaminhará o caso à Suprema Corte do Reino Unido.