Projeção da Associação Paulista de Supermercados (APAS) mostra que o setor de supermercados deve registrar um aumento de 2% nas vendas de Natal, comparado ao mesmo período em 2021. No ano passado, as vendas natalinas foram afetadas pela variante Ômicron, com uma queda no desempenho do setor de -9,5%. O crescimento neste fim de ano será impulsionado pela flexibilização das medidas de distanciamento social, aumento do valor do Auxílio Brasil e do consumo de itens da Cesta de Natal.
“Os dois últimos natais foram impactados negativamente pela pandemia. Nossa expectativa para este ano é de que o setor apresente melhora gradual no volume de vendas dos supermercados. Esse é o primeiro Natal desde o início da Covid-19 que confraternizações e reuniões familiares poderão ocorrer presencialmente”, explica Felipe Queiroz, diretor do departamento de Economia e Pesquisa da APAS.
O setor supermercadista se sente confiante em relação às vendas de final de ano, com o fim das restrições impostas ao comércio em razão da pandemia. Nos últimos 12 meses, as empresas do segmento experimentaram uma melhora gradual, com o crescimento real de 0,31% no faturamento em outubro, em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do resultado positivo, o faturamento acumula retração de -3,81% no acumulado deste ano.
A Cesta de Natal vem mostrando alta superior ao índice oficial de inflação (IPCA), com um aumento entre 8% e 9%. Os panificados, como o panetone, chocolates e bebidas não alcoólicas são os itens da cesta que registraram o maior aumento de preços. Por outro lado, as carnes para a ceia tiveram uma queda considerável. O preço do peru nos supermercados paulistas teve uma redução de 4,1% e o da carne suína, de 2,6%, nos 12 meses encerrados em novembro.
“Fatores climáticos que comprometeram as pastagens e a produção de grãos, câmbio valorizado, aumento dos insumos produtivos e valorização das commodities no mercado internacional influenciaram a alta de preço dos produtos da Cesta de Natal. Registramos alta considerável para itens típicos consumidos nesta época do ano como espumantes, frutas, panetones e castanhas”, explica Queiroz.