O grupo de vereadores que na últimas sessões não poupa a voz ao gritar críticas na tribuna a diversas ações da prefeitura municipal se calou totalmente, nesta terça-feira, ao votar aumento de 72% nos próprios salários.

Eliel Miranda (PSD), Felipe Corá (Patriota), Isac Motorista (Republicanos), Reinaldo Casimiro (Podemos), Celso Ávila (PV), Nilson Araújo (PSD), Jesus Vendedor (Avante) e Paulo Monaro (MDB) sequer discutiram a proposta, não questionaram o gasto do dinheiro público e nem justificaram seus votos. A votação durou apenas 30 segundos. A atitude do grupo chamou a atenção por ser totalmente contrária a que vem apresentando nas últimas semanas.

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Na semana passada, inclusive, o vereador Eliel articulou para que duas sessões extraordinárias e audiência públicas acontecessem para a discussão e votação de projetos que tratavam de salários de servidores municipais e até de um repasse à Santa Casa. A ideia foi acatada pelo presidente Paulo Monaro, resultando em longas discussões, palanques, gritos e vídeos sobre o assunto. Um verdadeiro teatro. Já na votação do enorme aumento no salário dos vereadores, nada disso aconteceu. Eliel sequer cogitou fazer uma audiência pública para debater com a população o aumento proposto. O projeto, também, sequer foi lido na íntegra para que fosse transmitido na rádio Santa Bárbara para a população. Casimiro, que é o responsável pela leitura, não citou os valores dos aumentos para que o público soubesse do que se tratava. Uma manobra que não deu certo, uma vez que o assunto foi amplamente divulgado pela imprensa logo após a aprovação.

O grupo da oposição que tenta articular um nome para enfrentar o atual prefeito Rafael Piovezan (MDB) nas urnas em 2024 está apostando nos gritos para atacar o poder executivo toda semana, muito diferente do que vimos nesta terça, quando se calaram diante de um projeto de grande benefício para os vereadores e que também se trata de dinheiro público.

Os 8 opositores, sem exceção, estão usando do mesmo comportamento – gritos, gestos e vídeos -, para atacar a prefeitura quando se trata de dinheiro público, porém, o mesmo comportamento não foi usado pelo grupo no momento de aumentar em 72% os salários dos parlamentares.

Vereadores “dos gritos e vídeos” se calam ao votar aumento de 72% nos salários

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