Vereadores usam citações bíblicas para votar Semana Contra o Aborto
Os vereadores de Santa Bárbara d’Oeste aprovaram, nesta terça-feira, o projeto de lei de autoria do vereador Felipe Corá (Patriota) que institui a “Semana de Conscientização Contra o Aborto” no calendário oficial de eventos do Município. A proposta recebeu 16 votos favoráveis, 01 contrário e 01 ausência. O voto contrário foi da vereadora Esther Moraes (PL) e a ausência do vereador TK Tikinho (PSD).
Autor do projeto, Corá primeiramente afirmou que o projeto defende os ideais de seus eleitores. Ao longo de seu discurso, Corá fez algumas pontuações. Veja trechos:
“O aborto não é uma solução para nenhum problema pessoal”
“O aborto é um atentado contra a saúde física, mental, emocional e espiritual da mulher”
“A mulher é uma pessoa, o feto é outro”
“A mulher tem o dom sagrado de gerar um filho, mas não tem direito de matá-lo”
“Número de abortos clandestinos não justifica sua liberação”
Felipe encerrou sua fala afirmando que tem orgulho em propor um projeto que defende os valores da família e que Santa Bárbara d’Oeste “hoje dá um passo gigante”.
Única que discursou contra a proposta, a vereadora Esther Moraes (PL) afirmou que a proposta “é um projeto raso, que não soma em nada no nosso município”. Esther afirmou que é necessário um debate com técnicos da área, além de representantes do Sistema Único de Saúde (SUS). A vereadora citou estudos e expôs situações que precisam da aplicação de políticas públicas urgentes, como
CITAÇÕES BÍBLICAS. Fora da proposta inicial do projeto, que é apenas a conscientização acerca do tema e não trata de legalizar ou criminalizar o aborto, vereadores como Carlos Fontes (União Brasil) e Reinaldo Casimiro usaram citações bíblicas para discursar contrariamente ao aborto. Os dois vereadores são evangélicos fervorosos.
ESTRANHAMENTO. Após o discurso de Esther, o presidente Paulo Monaro (MDB), questionou a vereadora sobre um trecho de seu discurso. Em determinado momento, Esther disse trará um debate “racional” sobre o tema ao plenário. Ao terminar a fala, Monaro então questionou se a vereadora quis dizer que o debate em andamento no plenário seria “irracional”. Esther se defendeu, mas a situação ficou “azeda”.
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