O fim da Terra Plana para todo sempre

Um grupo de cientistas, conseguiu fazer o que os terraplanistas tanto desafiavam, filmar 24 horas do Sol da meia noite na Antártica!!! E aí está o resultado!!! Com esse vídeo, que foi transmitido ao vivo também para ninguém dizer que foi montagem ou CGI, não tem como em hipótese alguma a Terra ser plana!!!

Então, a Terra segue redondinha e linda!!!!.

 

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A nova corrida espacial: como o investimento em pesquisa no espaço muda a vida na Terra

Com grandes investimentos, setor reúne engenheiros e cientistas que desenvolvem tecnologias com potencial de impactar diversas áreas do cotidiano da população mundial

O setor espacial está em franca ascensão, e as projeções são impressionantes: até 2035, o mercado espacial deverá movimentar US$ 1,8 trilhão, um crescimento expressivo em comparação com os US$ 630 bilhões de 2023, segundo estimativas do World Economic Forum.

Vídeo de 24h acaba com tese da Terra Plana

Esse crescimento é impulsionado por um ecossistema robusto, que inclui gigantes como SpaceX e Blue Origin, além de centenas de startups inovadoras. O espaço, antes visto como uma fronteira distante, tornou-se um catalisador de inovações que impactam diretamente a vida na Terra e não são mais apenas parte de produções de Hollywood.

“O espaço não é mais uma fronteira isolada. As inovações que nascem lá estão transformando a vida aqui na Terra”, afirma Rebeca Gonçalves, astrobióloga brasileira e pioneira na pesquisa sobre agricultura espacial. De acordo com ela, os recursos financeiros e tecnológicos disponíveis para o setor aceleram o desenvolvimento de soluções que, em outras áreas, poderiam levar décadas.

Tecnologias como GPS, wi-fi e câmeras de celulares derivaram de pesquisas espaciais, e essa influência só tende a crescer, afetando setores como telecomunicações, transporte, energia e, claro, a agricultura.

Os impulsionadores do setor espacial

De acordo com o relatório do World Economic Forum, quatro principais fatores estão impulsionando a crescente presença do espaço na vida cotidiana:

  1. Redução dos custos de lançamento: o número de satélites lançados por ano cresceu a uma taxa anual de mais de 50% de 2019 a 2023, enquanto os custos de lançamento caíram 10 vezes nos últimos 20 anos. Até 2035, o preço dos dados deverá cair 10%, com a demanda por conectividade aumentando em 60%.
  2. Inovação industrial contínua: a miniaturização de satélites e avanços tecnológicos permitem fazer ainda mais no espaço. Atualmente, é possível identificar objetos na Terra com uma resolução de até 15 centímetros usando observação espacial.
  3. Diversificação de investimentos e aplicações: o setor privado tem demonstrado grande interesse, com investimentos recordes de mais de US$ 70 bilhões em 2021 e 2022. Além disso, aplicações que antes pareciam ficção científica, como o turismo espacial, estão se tornando uma realidade.
  4. Consciência cultural e entusiasmo global: o espaço está cada vez mais presente no imaginário coletivo, com líderes governamentais e empresariais considerando o que as tecnologias espaciais podem proporcionar no futuro. “Há um entusiasmo global sobre o que o espaço pode possibilitar para a humanidade, o que também inspira uma nova geração de cientistas espaciais”, observa Rebeca.

Tecnologia espacial na Terra

O impacto das tecnologias espaciais vai muito além da exploração de novos planetas. “O espaço oferece soluções estratégicas que podem ser aplicadas diretamente aqui na Terra, desde telecomunicações até monitoramento climático e a gestão de desastres naturais”, destaca Rebeca.

Conforme destaca Rebeca, a área espacial de observação da Terra, feita por satélites orbitais, é indispensável para o monitoramento da saúde do planeta em relação às mudanças climáticas, como o monitoramento de temperatura e níveis do oceano, gases de efeito estufa na atmosfera e desmatamento de áreas preservadas. “Sem esses dados, seria impossível identificar, diagnosticar e remediar as mudanças climáticas do nosso planeta”.

Entre as várias áreas beneficiadas, a agricultura espacial é outro exemplo importante. “Estudos sobre como culturas reagem a condições extremas no espaço têm ajudado a otimizar a produção agrícola na Terra, especialmente na área de regeneração de solos degradados e cultivo de plantas independentemente do clima, secas ou inundações”, explica Rebeca.

Embora o Brasil tenha um enorme potencial nesse campo, a cientista reforça a necessidade de ampliar investimentos e parcerias público-privadas para que o país possa tirar proveito total das inovações espaciais.

O futuro da economia espacial

Com o crescimento contínuo do setor, a economia espacial se posiciona como uma das principais forças matrizes para o desenvolvimento tecnológico e econômico global nas próximas décadas.

“O espaço está se tornando o motor do desenvolvimento global, e o Brasil precisa estar pronto para tirar proveito disso”, conclui Rebeca. “Estamos construindo o futuro da Terra a partir do espaço, e não podemos ficar de fora dessa jornada.”

Ainda segundo Rebeca Gonçalves, a nova corrida espacial não se trata apenas da exploração de novos horizontes e novas descobertas científicas, mas da construção de um futuro mais conectado, inovador e, principalmente, mais sustentável para toda a humanidade.

 

Sobre Rebeca Gonçalves

Rebeca Gonçalves é uma astrobióloga brasileira e referência em agricultura espacial, sendo a única brasileira a publicar um artigo científico sobre o tema e a primeira mulher no mundo a publicar sobre a técnica de policultura espacial. Com contribuições significativas para o avanço científico da Agricultura Lunar no Programa Artemis da NASA, Rebeca possui graduação em Biologia pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, e mestrado em Astrobiologia pela Universidade de Wageningen, na Holanda. Sua carreira inclui atuação na Agência Espacial Europeia (ESA) e junto à NASA. Rebeca também tem sido uma voz ativa na popularização da ciência, inspirando jovens em todo o Brasil com palestras e conteúdos educativos. Atualmente, é pesquisadora em agricultura espacial na Agência Espacial Brasileira (AEB), onde segue desenvolvendo estudos inovadores na área.

 

 

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