Saúde Pública- O tão falado mantra das organizações de saúde conhecido como

fazer mais com menos e da melhor maneira possível é ainda um desafio para os gestores de todo o Brasil. Sabe-se que a solução para tal equação, na verdade, extrapola os limites da superficialidade e não se trata de algo tão fácil de concretizar na prática.

Desde o lançamento do relatório do Banco Mundial (BM) intitulado “Um ajuste fino” em 2017 que disse, em resumo, que o Brasil “desperdiça cerca de R$ 22 milhões anuais na saúde pública com a ineficiência na gestão dos recursos” e que “gasta mais do que pode com Saúde e, além disso, muito mal”, há um importante debate ainda em curso que questiona as evidências publicadas neste relatório em meio aos contextos do País e seu Sistema Único de Saúde (SUS).

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No entanto, as evidências dos problemas cotidianos nos serviços como as longas filas de espera, a superlotação de unidades de saúde, a má distribuição de médicos e profissionais da saúde e a indisponibilidade de medicamentos permanecem desafiando os gestores. Sabe-se do histórico e problemático desfinanciamento crônico do SUS, mas o “tudo para todos” na Saúde não pode ser resolvido apenas com a espera utópica da chegada de mais dinheiro. Existe um chamado latente que é: qual tem sido a qualidade do investimento do pouco dinheiro que se tem para a saúde pública?

Waze da saúde pública: caminhos efetivos para fechar as contas

Gerenciar a verba pública a favor da população é tão desafiador que, no Brasil, há uma alta rotatividade de Secretários da Saúde. As responsabilidades atribuídas às pessoas que assumem as lideranças das Secretarias Municipais de Saúde vão muito além de garantir sustentabilidade organizacional e financeira, uma vez que a maior responsabilidade é de oferecer prevenção, acesso, acolhimento e resoluções para doenças e proporcionar qualidade de vida e longevidade às pessoas.

Quais são os caminhos práticos para uma gestão de saúde mais eficiente?

As Secretarias Municipais de Saúde devem adotar uma abordagem prática dos três “Es” da gestão, sendo eles: eficácia, eficiência e efetividade, uma vez que esta tríplice proporciona o alcance do custo-efetividade, o engajamento da linha de frente e a satisfação dos usuários.

A UniverSaúde, plataforma digital que oferece soluções integradas para aprimorar a gestão e a eficiência no setor de saúde, ao longo de seus quase dez anos de experiência e conhecimento, desenvolveu um checklist de eficiência gestora que avalia as melhores práticas das Secretarias Municipais da Saúde, segundo padrões de conformidade, com objetivo de prepará-las para conquista da certificação IEG-SUS que chancela o uso eficiente da verba pública e entrega da qualidade de atendimento à população.

Este método funciona como um Waze para a gestão, indicando um resultado que evidencia seu momento atual e prepara as instituições para percorrer o melhor caminho a ser tomado para alcançar a tão almejada eficiência.

A aplicação do checklist em mais de 58 municípios brasileiros evidenciou que, em uma análise primária autorreferida, 57% relataram que conseguiram alcançar a eficiência na gestão da saúde.

O método aplicado pela UniverSaúde para o alcance da eficiência gestora nos municípios mostra resultados expressivos conquistados e o impacto social gerado. O município de Mossoró-RN, por exemplo, foi uma destas experiências de sucesso. Em um período de menos de seis meses foi possível observar um ganho de quase 40% de eficiência da Secretaria Municipal da Saúde em relação às melhores práticas gestoras.

Segundo Morgana Dantas, Secretária Municipal de Saúde de Mossoró-RN, a UniverSaúde identificou os pontos fracos da gestão e orientou de forma prática e efetiva para a conquista da melhoria de um custo-efetividade em aproximadamente 131%.

A chave do sucesso para uma Secretaria de Saúde é uma gestão mais eficiente e solidária apoiada por dados e evidências e direcionada aos resultados e impacto social, entregando valor às pessoas.

*Erico Vasconcelos é um dentista-sanitarista, fundador da UniverSaúde, especialista em Atenção Primária à Saúde, ex-membro do Ministério da Saúde entre 2013 e 2016 e criador  da startup de empreendedorismo social, que tem o objetivo de trazer mais eficiência e qualidade ao SUS.

 

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