A prorrogação da CEI que investiga os problemas do DAE não vingou nesta quinta-feira e ainda causou estranheza entre os próprios membros, Rafael Macris (PSDB) – que é o presidente – e Wellington Rezende (PRP). 
O pedido de autoria da própria comissão era para prorrogar mais 120 dias, mas Wellington apresentou uma emenda para reduzir esse tempo para 30 dias. A indefinição e os argumentos colocados fez com que Juninho Dias (MDB) solicitasse vistas (adiamento por 7 dias) da proposta. 
Wellington argumentou que os trabalhos fugiram do objetivo e que não tem resultado. “Fugiu do objetivo, tem que ter resultado da investigação, se a CEI fosse encerrada vocês estariam na roça, não tem o que apresentar. Por que mais 120 dias? Se não deu conta nem nesses 120, mais 120 não vai conseguir terminar nada, porque não está fazendo, o que foi apurado em relação a trabalho?”, justificou. 
O parlamentar ainda criticou o fato dos documentos ficarem guardados dentro dos gabinete. “Os documentos não tem que ficar nos gabinetes, nós temos uma assessoria técnica perfeita e ótima para ser utilizada e vocês não utilizam, ficam guardando (os documentos) nos gabinetes pra que?”, questionou Wellington. 
A CEI está formada há 120 dias e ainda não teve resultados apresentados. As investigações continuam com o colhimento de documentos e depoimentos. 
Presidente da comissão, Rafael se mostrou indignado e se disse surpreso com a atitude de Wellington.  “Se tivesse sido um acordo entre todos os vereadores, tudo bem, poderíamos até aceitar, se também o tempo fosse suficiente”, disse. Rafael ainda criticou Wellington. “Ele solicitou uma série de documentos para que ele e sua assessoria pudessem analisar e ele nem sequer retirou esses documentos do meu gabinete e do gabinete do relator Gualter Amado (PRB)”, afirmou o tucano.
Rafael ainda pediu que Wellington retire a emenda de prorrogação por 30 dias para que “possa apresentar um relatório de qualidade com todos os pontos que devem ser investigado”.