Alta não reverte perdas da crise econômica, mas resultado deste ano é o mais expressivo desde 2014 e sinaliza cenário melhor para o varejo nas próximas datas comemorativas.

Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam que as consultas para vendas parceladas na semana anterior à Páscoa cresceram 3,24% na comparação com o mesmo período do ano passado. Trata-se do crescimento mais expressivo desde 2014, quando a alta fora de 2,55%. Nos anos seguintes, as vendas amargaram queda de -4,93% em 2015 e -16,81% em 2016. No ano passado, a alta havia sido de apenas 0,93%.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, os dados positivos confirmam a tendência de recuperação da economia e são consequência da melhora da conjuntura, mas ainda não colocam o país no patamar pré-crise. “Como foram anos seguidos de retração no consumo, essa alta ainda é em cima de uma base muito pequena. Mas ainda assim é um sinal consistente de que o brasileiro está voltando ao mercado de consumo”, explica Pellizzaro Junior.

Para Pellizzaro, a alta das vendas na Páscoa é algo positivo especialmente quando se considera que é a primeira data comemorativa do ano, que encaminha uma perspectiva melhor para as demais datas. “A Páscoa pode funcionar como uma prévia não só para o Dia das Mães, como para o desempenho da atividade comercial ao longo de 2018. Aos poucos, os consumidores se sentem mais confiantes para voltar a consumir e é um alento para o varejo começar a dar sinais sólidos de recuperação”, afirma o presidente.

Neste ano, segundo um levantamento do SPC Brasil e da CNDL, os produtos mais procurados seriam os tradicionais ovos (61%), bombons (51%) e barras de chocolate (48%).