No mês do Dia Mundial do Coração, comemorado em 29 de setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprova uma nova indicação de tratamento para pacientes com alto risco de eventos cardiovasculares, que lutam para controlar seus níveis de colesterol LDL, o colesterol ruim, que é o principal fator de risco associado ao infarto do miocárdio. Agora é possível prescrever Repatha® (evolucumabe), da biofarmacêutica Amgen, para prevenção de infarto, AVC isquêmico e revascularização miocárdica em adultos com doença cardiovascular estabelecida. Com esta aprovação, Repatha® se torna o primeiro e único medicamento da classe dos inibidores de PCSK9 com esta indicação no Brasil.
“A inclusão desta indicação em bula é um marco importante, principalmente para pacientes que tem dificuldades de controlar os níveis de colesterol ruim com o tratamento padrão, as estatinas. Com Repatha®, conseguimos baixar drasticamente os níveis de LDL com segurança e, como comprovamos com o FOURIER, isso reflete diretamente na diminuição do risco de eventos em pacientes que já tiveram um evento cardiovascular prévio, diminuindo o risco destes pacientes apresentarem um novo um infarto ou um AVC isquêmico, por exemplo”, diz Daniel Martinez, Diretor Médico da Amgen Brasil.
A aprovação teve como base cientifica o resultado do estudo de desfechos cardiovasculares FOURIER, com a participação de mais de 27.500 pacientes ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Publicado em março de 2017, o estudo comprovou que o uso de Repatha® reduziu o risco de infarto em 27%, AVC isquêmico em 21% e o risco de revascularização miocárdica em 22% 1. O estudo mostrou também que 42% dos pacientes tiveram redução de LDL-C para níveis inferiores a 25 mg/dl, com a mesma segurança para os pacientes.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) as doenças cardiovasculares são um problema urgente e a principal causa de morte em todo o mundo, totalizando 30% de todos os óbitos (17,3 milhões)2. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima que essas doenças são responsáveis pela morte de mais de 380 mil pessoas todo ano, uma a cada 40 segundos. O número é duas vezes maior que todos os tipos de câncer, 2,3 vezes maior que causas externas, como acidentes e violência, e 6,5 vezes mais que infecções, incluindo AIDS3. Os dados da SBC mostram ainda que o infarto e o AVC estão entre as doenças cardiovasculares que mais matam, cada uma delas foi responsável por 9% de todas as mortes nos últimos 10 anos3. Estes números são alarmantes e continuam aumentando a cada ano. Em 2018, a SBC estima que cerca de 400 mil pessoas no Brasil morrerão em consequência de doenças cardiovasculares3.
Perfil de segurançaNenhuma nova questão de segurança foi identificada neste estudo clínico global. Isso inclui avaliação de pacientes que atingiram níveis muito baixos de LDL-C. Em particular não foram notadas diferenças entre os braços do estudo nos resultados gerais de eventos adversos, eventos adversos graves ou eventos que levariam a descontinuação do medicamento do estudo. Eventos adversos comuns foram similares nos dois braços do estudo4. Não foram identificados anticorpos neutralizantes em nenhum dos pacientes.