Em 11 de agosto de 1994, um homem chamado Phil Brandenberger, morador da Filadélfia (EUA), realizou a primeira compra on-line da história. Para adquirir um CD do cantor Sting, ele usou o cartão de crédito em um inédito sistema seguro criado por estudantes da universidade britânica LSE, no site NetMarket. Desde então, o comércio eletrônico se popularizou ao redor do mundo.
No Brasil, as vendas por meio eletrônico representaram R$ 23 bilhões no primeiro semestre de 2018, uma alta de 12,1% ante os R$ 21 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Os dados são da 38ª edição do estudo Webshoppers, produzido pela Ebit Nielsen ??? empresa especializada em dados do comércio eletrônico. Dentre os 27,4 milhões de brasileiros que fizeram pelo menos uma compra on-line nesse período, 4,5 milhões tiveram sua primeira experiência com comércio eletrônico.
A professora de Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter, Maria Carolina Avis, explica que essa guinada se deve a diversos fatores: preços mais baixos, prazos de entrega cada vez mais curtos, maior variedade de produtos do que nas lojas físicas e facilidade na logística reversa.
Porém, o principal impulsionador das vendas on-line tornou-se a preocupação das empresas em oferecer uma boa vivência de compras ao usuário. ???Isso significa que o consumidor tem uma experiência tão positiva que ele se predispõe a comprar mais produtos daquela loja e a manter-se fiel a ela???, explana.
Dentre os 27,4 milhões de consumidores eletrônicos no período, 4,5 milhões eram estreantes nas compras on-line. O aumento da confiabilidade das transações, com dados criptografados, por exemplo, contribuiu para atrair primeiras experiências na modalidade. ???Dez anos atrás, as pouquíssimas pessoas que compravam via e-commerce eram alvo de críticas, pois existia medo de ser passado para trás. Isso mudou, com a adesão até mesmo de crianças e idosos???, elucida.
??s empresas que desejam iniciar nesse ramo, a professora recomenda investir em uma boa plataforma. Assim, a loja virtual será melhor indexada por mecanismos de busca, como o Google, e proverá uma vivência de compras satisfatória aos seus usuários, aumentando a confiança que eles depositam na empresa.
A ascensão dos dispositivos móveis
Outra dica da especialista às empresas é investir em sites responsivos, que se adaptem a dispositivos móveis (celular e tablet), ou até mesmo em aplicativos. Dentre as transações realizadas no período da pesquisa, 32% foram realizadas a partir de dispositivos móveis, uma alta de 41%. ???O comércio eletrônico via mobile, m-commerce, chegou para ficar. Para as empresas, essa tendência pode afetar muito as estratégias???, diz.
Além do desenvolvimento de sites responsivos e aplicativos, ela recomenda atentar para o conteúdo publicado. No m-commerce, é preciso utilizar textos mais curtos, imagens mais detalhadas e facilitar o pagamento.