A gravidez é um dos momentos mais esperados para a maioria das mulheres. Além de visitar o obstetra com frequência, os cuidados com a higiene bucal neste período são fundamentais para a saúde do bebê.
?? importante que a gestante faça o pré-natal odontológico, evitando ou mesmo tratando possíveis problemas logo no início. “O correto é procurar um profissional logo no primeiro trimestre da gravidez para receber as orientações adequadas, como os tipos de alimentos que devem ser evitados para manter a saúde bucal em dia. ?? fundamental desmistificar o que é permitido ou não durante a gestação”, afirma ??rika Vassolér, dentista e consultora de higiene bucal da Condor.
Nesta fase, os principais problemas são doenças relacionadas à gengiva, como é o caso da gengivite que, se não tratada, pode evoluir para uma periodontite (inflamação dos tecidos ao redor do dente). ????? essencial estar atenta aos sinais. A prevenção é sempre a melhor opção???, ressalta a dentista. Os sintomas mais comuns de gengivite são: gengiva vermelha, e sangramento intenso e espontâneo durante a escovação. Em alguns casos, há o inchaço e o recuo ou retração da gengiva, deixando os dentes com aparência alongada.
Outro ponto são os enjoos e vômitos. Eles deixam a saliva ácida, alteram o pH da boca, facilitando o desenvolvimento da cárie com rapidez. Para não prejudicar o esmalte do dente, após esses episódios o indicado é realizar um bochecho. A escovação deve ser feita 10 minutos depois.
Segundo ??rika Vassoler, há evidências que relacionam as enfermidades gengivais das gestantes ao baixo peso dos bebês e ao parto prematuro. A doença mais grave é a periodontite. A inflamação é provocada por uma bactéria que pode ser liberada na corrente sanguínea e estimular a contração uterina e aumentar o risco de pré-eclâmpsia. Em algumas situações pode ocorrer um parto prematuro com menos de 37 semanas. Algumas mulheres, por medo, não seguem as orientações do dentista. No entanto, não realizar o tratamento é muito mais arriscado.
Ainda de acordo com a consultora, manter os dentes sempre limpos, especialmente na região do colo dentário, área em que a gengiva e os dentes se encontram, pode reduzir de forma significativa ou até mesmo evitar a gengivite e a cárie durante a gravidez. O mercado disponibiliza escovas dentais específicas para esse tipo de limpeza. Uma delas é a Sensitive, da Condor.
Indicada para casos de sensibilidade dental, a escova Sensitive promove a limpeza do sulco gengival, sem machucar a gengiva e auxilia no combate à gengivite. Suas cerdas superfinas permitem alcançar os lugares mais difíceis, removendo assim a placa bacteriana e promovendo um leve massagear nas gengivas sem irritá-las.
Confira os principais mitos e verdades sobre a higiene bucal durante a na gravidez:
Mito: a mulher perde cálcio durante a gestação. O cálcio necessário para a formação dos dentes do bebê provém da alimentação da gestante. Os dentes da mulher grávida não participam do processo de captação e nem sofrem qualquer dano.
Mito: a gestação traz consigo cárie e perda de dentes. A cárie e a consequente perda de dentes são provocadas pela alimentação desregulada, rica em carboidratos e falta de higiene bucal. Sendo assim, mulheres gestantes ou não gestantes podem ser acometidas de cárie caso não haja uma correta escovação, com uso de fio dental e creme dental com flúor, e visitas regulares ao dentista.
Mito: é proibido o uso de anestesia em gestantes. O uso de anestesia nas gestantes é permitido desde que a substância anestésica utilizada não contenha vasoconstritores. Por isso, o cirurgião-dentista deve ser informado.
Mito: a gestante não pode fazer radiografia. Como em qualquer paciente, os exames radiográficos devem ser feitos com o uso de avental de proteção. Porém, a radiografia deve ser evitada no primeiro trimestre de gestação, e só deve ser realizada em situações de extrema necessidade.
Verdade: a periodontite (processo inflamatório de todos os tecidos localizados ao redor dos dentes e que também são responsáveis pela sua fiação) pode causar o parto prematuro. Os microorganismos presentes na placa bacteriana percorrem a corrente sanguínea e estimulam a produção da prostaglandina, uma substância hormonal, que provoca contrações do útero, acelerando o trabalho de parto.