A sessão da Câmara de Americana desta quinta-feira tinha tudo para ser tranquila e rápida, mas a Comissão de Inquérito formada para investigar a situação do DAE mudou o rumo do previsto. 
A comissão foi formada na sexta-feira da semana passada, presidida pelo vereador Rafael Macris (PSDB). Acontece que, por um ‘erro’ formal, de digitação, o vereador Kim (MDB) pediu, nesta quinta-feira, a anulação da comissão e protocolou um requerimento solicitando uma nova CEI, também para investigar o DAE, com o mesmo foco, mas desde a administração passada. O movimento da base do prefeito Omar Najar (MDB) rendeu. 
Rafael Macris afirmou que se a CEI for realmente anulada por um ‘erro de digitação’, ele entrará com um mandado de segurança na justiça para continuar as investigações. 
O presidente Luiz da Rodaben (PP) afirmou que enviará hoje o pedido de anulação para o jurídico da casa emitir um parecer, porém disse acreditar que o jurídico dará um parecer realmente pela nulidade do requerimento da CEI de autoria de Rafael. 
A discussão ainda foi além. A vereadora Maria Giovana (PCdoB), que ficou fora dos membros indicados por Rodaben para compor a CEI, afirmou que houve manobra da base aliada do prefeito para tentar anular a investigação. 
REUNI??O EXTRAORDINÁRIA: O líder de governo Pedro Peol (PV) e Kim (MDB), ainda afirmaram que não foram convocados para a sessão extraordinária que definiu as posições dos membros, que designou Gualter Amado (PRB) como relator do processo. 
ERRO DE DIGITA????O: O motivo do pedido de Kim pela nulidade da CEI foi o texto do requerimento, em que Rafael afirma ter sido um erro de digitação enquanto Rodaben acredita não ter sido por acaso. O texto do requerimento se inicia falando do DAE e termina dizendo que a formação da comissão vai apurar eventuais irregularidades na aplicação das receitas da Prefeitura de Americana.  
NOVA CEI: Ao mesmo tempo em que pede a nulidade da CEI de Rafa Macris, Kim protocola um requerimento de formação de uma nova CEI, com o mesmo intuito, porém com período diferente. Enquanto Rafa quer investigar supostos fatos irregulares, em atos e omissões relacionados à administração do DAE, no tocante ao erário, seu patrimônio, realização de obras, fornecimento e prestação de serviços referente ao período de janeiro de 2015 até agora, Kim quer desde 2009.