Um projeto de alteração da lei orgânica do município, de autoria do poder executivo, que permite que Americana receba lixo de outras cidades, foi aprovado em primeira discussão pelos vereadores, em sessão extraordinária, nesta quarta-feira.
O objetivo da alteração é para que a empresa que hoje gerencia o aterro municipal – a Engep – possa receber lixo de outras cidades e com isso viabilizar financeiramente a instalação de uma usina de reciclagem, substituindo o atual modelo de aterro sanitário, hoje em operação.
A discussão dos parlamentares durou aproximadamente três horas. A oposição, liderada principalmente pelo trio Maria Giovana (PCdoB), Odir Demarchi (PL) e Gualter Amado (PRB), levantou a bandeira contrária ao recebimento de lixo de outras cidades e o impacto que isso geraria na região do pós-anhanguera.
Já os parlamentares que defendem a instalação da usina, argumentam que Americana será pioneira no trato do lixo, vai gerar empregos, vai acabar com o modelo aterro – com vida útil – e vai arrecadar impostos. Segundo Alfredo Ondas (MDB), que defende a nova proposta, outras cidades estão ‘de olho’ no investimento tratado como visionário.
O argumento da oposição foi rebatido pelos simpatizantes da instalação da usina, como Thiago Martins (PV) e Pedro Peol (PV). A dupla afirma que a empresa já tem a licença para operar na cidade e que, caso a Câmara não permita a alteração na lei, a empresa continuará operando como aterro e perderá a chance de abrigar a usina.
IVO MACRIS: Muito se falou sobre a estrada vicinal Ivo Macris, rota de fuga do pedágio, principalmente de caminhões de grande porte. O trio da oposição questionou sobre a quantidade de caminhões de lixo que passariam a usar a estrada para o transporte do lixo.
Porém, a Ivo Macris – quando feita – deveria ter uma certa espessura de asfalto, que consta na licitação e que não foi cumprida. O problema vem sendo ‘jogado’ de um lado para o outro (DER e governo do estado) e uma CEI, presidida pelo vereador Juninho Dias (MDB), tramita na Câmara para apurar as condições da estrada, o que realmente aconteceu com o asfalto e quem é o real culpado pela atual situação.
Alfredo Ondas chegou a falar sobre a instalação de um pedágio municipal no local para acabar com a ‘rota de fuga’. Já Juninho Dias afirmou que vem conversando com o secretário de obras Adriano Camargo, para a instalação de radares para contagem de eixo dos caminhões.
A proposta passa pela segunda votação no próximo dia 12.