A Vigilância Epidemiológica e o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) alertam sobre o cuidado com os animais peçonhentos nos meses de verão. Em Santa Bárbara d’Oeste, o número de casos envolvendo animais peçonhetos aumentou 117% em relação ao ano anterior. O maior registro envolveu ocorrências com ferroadas de escorpiões. Em 2012, no total foram registrados 159 incidentes, enquanto em 2011 esse número caiu para 73. Segundo dados fornecidos pela Vigilância Epidemiológica, em 2012 foram 107 registros de incidentes com escorpiões, abelhas (40), taturanas (5), aranhas (5) e cobras (2). Já em 2011, os casos estes animais chegaram a 55 com escorpiões, abelhas (9), taturanas (2), aranhas (5) e cobras (2). “Esses animais se adaptaram ao convívio com os seres humanos. O CCZ atua em diversas frentes para prevenir e controlar a infestação destes animais”, esclareceu o biólogo do CCZ, Rafael Piovezan.

O biólogo ainda acrescentou que o setor também promove o atendimento à população, feito por meio das solicitações por telefone, também há, em caso de necessidade, a dedetização de bueiros para a eliminação de baratas, o alimento dos escorpiões. “?? importante manter limpos quintais, jardins e terrenos baldios, não acumulando entulho e lixo doméstico”, disse. Outras medidas são aparar as gramas e recolher folhas caídas, vedar soleiras de portas com saquinhos de areia ou frisos de borracha, colocar telas nas janelas, vedar ralos de pia e tanque, colocar o lixo em sacos plásticos, que devem ser mantidos fechados, examinar roupas, calçados e toalhas antes de usá-los, andar sempre calçado, eliminar restos de comida de maneira apropriada, pois atraem insetos, moscas, baratas e roedores, que são alimentos destes animais perigosos e aumentam a incidência de seu aparecimento, tornando-se um dos principais fatores dos índices de lesões causadas por eles.

A orientação geral para casos de picadas de cobras é a procura imediata ao pronto-socorro ou hospitais públicos, que possuem o soro antiofídico. Também é possível lavar o ferimento com água e sabão. Não se deve fazer torniquete, nem cortes e perfurações no local da picada, assim como não se deve tentar sugar o veneno. Quanto à ferroada de escorpião, um dos animais com maior incidência de casos na cidade, a primeira medida a ser adotada é colocar compressas de água morna sobre a ferida, até a chegada ao serviço de saúde mais próximo. Já em caso de picadas de aranhas e queimaduras de taturanas é importante não mexer no ferimento e procurar atendimento médico imediatamente. Quando não são prestados os cuidados necessários em um acidente causado por animal peçonhento, a situação da vítima pode se agravar. Crianças, idosos ou pessoas com o organismo debilitado estão mais propensas a esses casos.

Caso a população perceba algum animal peçonhento próximo a sua casa, deve comunicar o CCZ, no telefone 3454-4020. Em caso de entulho ou mato alto, é possível registrar a demandas para a limpeza pública ou fiscalização de terrenos particulares, por meio da Ouvidoria da Prefeitura, pelo número 156. Animais peçonhentos – são animais que, por meio de um mecanismo de caça e defesa, são capazes de injetar em suas presas uma substância tóxica produzida em seus corpos, diretamente de glândulas especializadas (dente, ferrão, aguilhão) por onde passa o veneno. Esses animais agem por instinto de sobrevivência. Ao se sentirem ameaçados, imobilizam o agressor e fogem para um local seguro. Temidos pelo homem, os animais peçonhentos estão presentes tanto em meios rurais, quanto urbanos. Eles são responsáveis por provocarem inúmeros acidentes domésticos, em variadas regiões brasileiras, com índices crescentes ano após ano. Cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas, formigas, abelhas e marimbondos são exemplos dessa categoria.