Nessa última sexta-feira, foi oficializado no Diário Oficial do Estado de São Paulo a nomeação da nova diretoria executiva da Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas (Inova Unicamp). Quem assume a liderança na gestão da inovação na Unicamp são os professores Ana Frattini, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ), como a nova diretora-executiva e Renato Lopes, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), como o novo diretor associado da Agência.

 

Entre as principais pautas que a gestão já identificou como prioridades, destaca-se o acompanhamento e proposta de possíveis modelos que promovam a inovação na Universidade a partir do marco legal das startups (PLP 146/19), aprovado pela Câmara dos Deputados – ainda aguardando sanção presidencial – no início deste mês e que, além de definir o que são as startups, regulamenta as operações desse setor econômico e os incentivos fiscais para a criação de empresas que atuam na inovação de produtos, serviços ou modelos de negócios.

 

“O marco legal das startups alterou o ambiente regulatório e os aspectos trabalhistas, permitindo novas formas de fomento e de participação do Estado nas empresas inovadoras e que operam em condições de extrema incerteza. Acreditamos que a Inova deva acompanhar essas regulamentações para entender as oportunidades de criação das empresas spin-offs da Universidade usando como base as tecnologias e pesquisas acadêmicas”, comenta Frattini.

 

Nessa mesma linha de fomento ao empreendedorismo de base tecnológica, os docentes apontaram ser necessário continuar com ações que fortaleçam uma cultura empreendedora entre a comunidade interna da Unicamp, por exemplo, coordenar ações e aumentar o engajamento entre as Empresas Juniores (EJs) da Unicamp, cuja operação foi regulamentada em deliberação interna no ano passado para possibilitar a proteção de propriedade intelectual gerada, uso da estrutura da Universidade e outros benefícios.

 

“O que é fato é que a Unicamp atrai os melhores estudantes de todas as regiões do Brasil, concentrando um contingente excepcional de cérebros brilhantes e com toda diversidade requerida para realizar transformações. Talvez o que esteja faltando seja promover uma maior intensidade nas ações coordenadas a partir das regulamentações recém-aprovadas”, complementa Frattini sobre o potencial do corpo discente da Unicamp.

 

A nova diretoria executiva também destacou a importância em ampliar as oportunidades de relacionamento da Unicamp com o setor empresarial, conforme explicou Lopes: “Precisamos que mais e mais entidades do setor produtivo entendam os ganhos que elas podem obter nas interações com a Unicamp. E que mais e mais docentes, alunos e pesquisadores entendam os benefícios do empreendedorismo e da cooperação com o setor produtivo”.