O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), estende as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais com a campanha de conscientização agora em todas as praças de pedágio das rodovias concedidas paulistas.

As mensagens educativas, que têm o apoio do Sistema FAESP/SENAR-SP e Sindicatos Rurais já estão em 1.100 cancelas e foram colocadas nos pedágios pelas concessionárias que fazem parte do Programa de Concessões Rodoviárias, regulado e fiscalizado pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo, a Artesp.

O Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, reforça a importância da ação e do apoio de todos os parceiros: “Essa soma de esforços é positiva para cada cidadão e principalmente para o meio ambiente”, reforçou Penido.

Durante o período de estiagem, entre junho e outubro, os riscos de incêndios se acentuam e, por isso as fiscalizações e campanhas de conscientização são intensificadas.

Para o presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles, “É fundamental a união das entidades, reforçando a prevenção, principalmente nesse ano, e nesse período crítico para o produtor rural, com a crise hídrica que enfrentamos e os demais fatores climáticos que vem afligindo o Estado”, afirma.

Ao passar pelas cancelas dos pedágios das rodovias concedidas, o motorista vai encontrar as seguintes mensagens: Não faça fogo na mata; Não jogue bituca na rodovia; Não queime lixo; Não solte balões. As frases educativas também estão sendo veiculadas nos painéis eletrônicos das rodovias.

“A preocupação em evitarmos as queimadas nas rodovias concedidas é constante, mas se intensifica nesta época do ano. Em 2020, por exemplo, registramos 7.805 ocorrências, das quais 54% aconteceram no período entre junho e setembro. Por isso, devemos nos unir e insistir na conscientização”, afirma Milton Persoli, diretor-geral da ARTESP.

Dentro da campanha de conscientização, que fica ativa até outubro, a SIMA firmou parceria ainda com as secretarias estaduais de Saúde, Transportes Metropolitanos e Prodesp para que mensagens sobre os incêndios florestais sejam divulgadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e do Poupatempo, além das estações do Metrô, CPTM e EMTU. Nesses locais já estão fixados cartazes com informações sobre a Operação Corta-Fogo 2021.

As mensagens estão sendo divulgadas também nas redes sociais de todos os órgãos integrantes da Operação Corta-Fogo e das prefeituras parceiras, com informações sobre as consequências dos incêndios florestais, como a destruição da fauna e da flora, além do risco para a saúde da população.

Só em 2020 foram registrados 269 focos de incêndio em mais de 21 mil hectares de mata. Entre as causas identificadas, por exemplo, estão a queima de lixo, vandalismo e a soltura de balões, ação, inclusive tipificada como crime ambiental.

A Operação Corta-Fogo

Em 2010, o estado de São Paulo instituiu o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que visa, dentre outras ações, a diminuir os focos de incêndio no estado e estimular o desenvolvimento de alternativas ao uso do fogo para o manejo agrícola, pastoril e florestal.

Esse sistema, chamado de Operação Corta-Fogo, é composto por diversos órgãos e desenvolve uma série de atividades de forma permanente, de acordo com as necessidades e priorizações que cada período exige, dentro de um cronograma ao longo do ano.

Elas são as chamadas fases verde, amarela e vermelha:

Fase verde (janeiro a março, novembro e dezembro). Essa fase é dividida em duas etapas. A primeira delas, de janeiro a março, é dedicada a atividades de planejamento e início das medidas de prevenção e preparação. No final do ano, é realizada uma avaliação da temporada de incêndios e são iniciados os preparativos para o ano seguinte.

Fase amarela (abril e maio). A fase amarela requer foco nas ações preventivas e de preparação para enfrentar os incêndios florestais. Nessa fase, as atividades de treinamento, capacitação, elaboração e revisão de planos preventivos e de contingência ganham prioridade.

Fase vermelha (de junho a outubro). Nessa fase, as ações de combate ao fogo e de fiscalização repressiva são priorizadas e as estratégias de comunicação e campanhas preventivas ganham reforço.

Órgãos participantes

Coordenadoria Estadual de Proteção Defesa Civil (CEPDEC)
Corpo de Bombeiros
Polícia Militar Ambiental
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)
Fundação Florestal
A coordenação do sistema é feita pela CFB – Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.