Em Americana, ao menos 11 bancas de “revistas” resistern ao tempo e se reinventam periodicamente.

Se nem mesmo uma Biblioteca, localizada no coração da cidade, com um acervo de mais de 56 mil títulos e empréstimo gratuito dos exemplares, tem recebido visitas, para uma banca então, a situação pode ser ainda mais complicada.

Nem mesmo os cards e figurinhas de copa do mundo, que outrora movimentavam estes estabelecimentos, resistiriam ao impeto varejista de grandes conglomerados.

Por isso o Novo Momento foi parar na histórica Rua Doze, entre o Convivio e a Matriz, para falar com dona Maria, que não, não é bancária, nem banqueira, é só mais uma brilhante trabalhadora americanense.

Durante a conversa, ela contou que, ao receber um pedido para que visitasse uma conhecida, foi sincera: “eu não visito nem a minha casa”. Confessou que detesta ficar em casa: “eu amo é trabalhar. São 36 anos vivendo disso. Ela administrou quatro bancas famosas da região e hoje conta como ganha a vida na única que resistiu.

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No local ela só não vende bebidas e guloseimas. O motivo? Criminosos passam de dia, e durante a madrugada eles arrombam a porta e levam tudo. Mas comercializa chips de celular, jornais, cassa-palavra, revistas, carregador, livros de piada e até de concurso público, mas o que realmente garante a renda do mês tem nome: Vida Cap!

E não é pouco. Com alguns centavos de lucro na venda de raros jornais, ela garante que é com o título de capitalização consegue manter o negócio aberto. “Mais de 60% do meu faturamento vem desse sorteio”.

Ela passa o dia todo anotando os dados para os clientes de idade mais avançada e se orgulha em exibir a placa e uma camisa escrita “ponto pé quente”, pois várias pessoas já se deram bem após fazer a aposta ali.

Com dois filhos “bem encaminhados” ela é pura alegria e vibração. Conta que não pensa em parar de trabalhar e está decidida em manter (uma das poucas bancas do Centro de Americana) aberta por muitos anos.

banca

Como uma dona de banca sobrevive se ninguém mais quer pagar por informação?

 

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