Inverno: o que é a fome metabólica?
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O inverno se inicia nesta sexta-feira (21), e a fome metabólica é um fenômeno comum que muitas pessoas experimentam durante os meses mais frios do ano. Essa sensação de fome aumentada está relacionada a uma série de fatores, incluindo alterações no metabolismo e influências sazonais sobre os padrões alimentares.
Durante o inverno, o corpo humano tende a ajustar seu metabolismo para combater o frio. Isso pode resultar em um aumento da produção de calor interno, o que leva a um maior gasto de energia e, consequentemente, a um aumento na sensação de fome. Além disso, o organismo pode buscar alimentos mais calóricos e ricos em carboidratos para fornecer energia adicional para manter a temperatura corporal estável.
Francisco Tostes (@doutortostes), especialista em medicina do esporte, atuante em endocrinologia, sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), explica que não existe aumento específico de hormônios que aumentam a fome, porém é importante se atentar ao aumento de gasto energético corporal, além do frio ser irritante para muitas pessoas, que buscam em comidas “comfort food” uma baixa no estresse e maior sensação de saciedade, o que pode causar mudanças de peso.
De acordo com Fabiana Albuquerque, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) e especialista em nutrição esportiva e funcional pela Vp, no entanto, para manter uma alimentação saudável e equilibrada, o ideal no inverno é se priorizar alimentos quentes porém nutritivos, como caldos e sopas com bastante legumes, sempre adicionando uma fonte de proteína. Uma outra dica, é salpicar nas sopas sementes e grãos (como chia ou semente de girassol), pois são excelentes fontes de gorduras boas, gerando mais saciedade.
Além disso, ao invés de consumir frutas em temperatura ambiente, uma boa dica nessa época do ano, é aquecê-las no forno e acrescentar alguma especiaria, como canela ou batê-las com leite vegetal e consumi-las em forma de shakes. Chás também são uma excelente opção, e ainda nos ajuda a consumir a quantidade necessária de líquido nessa época do ano.
Porém, é importante ficar atento ao aparecimento de transtornos alimentares no inverno, é o que diz Higor Caldato (@drhigorcaldato), médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares, pois é uma época em que ocorrem várias celebrações e festividades relacionadas à comida, como feriados e encontros sociais. Para pessoas com transtornos alimentares, esses eventos podem desencadear ansiedade, dificuldades na relação com a comida e comportamentos compensatórios prejudiciais, como restrição alimentar ou compulsões.
“Muitas vezes, os transtornos alimentares estão ligados à insatisfação com a imagem corporal. Durante o inverno, algumas pessoas podem experimentar maior ansiedade em relação ao corpo devido a fatores como o uso de roupas mais volumosas, a comparação com padrões de beleza associados ao verão ou a menor exposição ao sol, que pode afetar o humor e a autoestima”, diz Higor.
Algumas pessoas experimentam mudanças de humor e sintomas de depressão sazonal durante o inverno, conhecido como transtorno afetivo sazonal (TAS). Essa condição pode estar associada a alterações no apetite e no sono, o que pode influenciar os padrões alimentares e, em alguns casos, contribuir para o desenvolvimento ou agravamento dos transtornos alimentares.
Cada indivíduo é único e que nem todas as pessoas com transtornos alimentares são afetadas pelo inverno da mesma forma. É fundamental abordar as questões subjacentes aos transtornos alimentares, como autoestima, imagem corporal, regulação emocional e padrões de pensamento disfuncionais, por meio de tratamento adequado e apoio psicológico especializado. Um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou terapeuta, pode fornecer uma visão mais individualizada e apropriada para cada caso.
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