O dólar fechou em alta na segunda-feira (8), à medida que investidores se preparam para uma semana recheada de indicadores. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, também subiu.

O dólar à vista fechou em queda ante o real, na terça-feira (9), apagando os ganhos da véspera, enquanto investidores digeriram as falas do presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Jerome Powell, perante o Congresso americano.Na quarta-feira (10), o dólar voltou a surpreender e abriu o pregão abaixo de R$5,40. Às 10h30, a moeda americana já era negociada a R$5,37, o que representa 0,71% a menos do valor da véspera. Desde a semana passada, o dólar vem chamando atenção por sucessivas quedas. O Ibovespa fechou próximo da estabilidade na quarta-feira, com ligeira alta de 0,01%, a 127.218 pontos. No entanto, a bolsa devolveu os ganhos, ficando próxima do zero a zero.

Dólar na semana: moeda recua em linha com exterior

O movimento foi puxado por ações de peso como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que encerraram em terreno negativo. O movimento contrasta com as firmes altas em Nova York, onde os índices S&P 500 e Nasdaq voltaram a quebrar máximas históricas, tendo como pano de fundo as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell.

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Muito desse aumento nas expectativas está relacionado a temores quanto à condução da política fiscal e monetária, de que o governo pudesse ter dificuldade para atingir o arcabouço fiscal ou de que o Banco Central (BC) passasse a ser mais leniente com a inflação a partir de 2025.

Já na quinta-feira (11), o dólar à vista fechou em alta no Brasil, com profissionais do mercado citando, para justificar o movimento, certo esgotamento da queda mais recente das cotações e alguns efeitos técnicos sobre o real do forte avanço do iene no exterior. A alta do dólar ante o real ficou na contramão da queda da moeda norte-americana ante a maior parte das demais divisas nas outras praças, onde as cotações reagiram aos dados mais favoráveis da inflação dos Estados Unidos.

Hoje (12), o dólar abriu em queda

conforme investidores seguem atentos ao cenário fiscal brasileiro e ao quadro de juros nos Estados Unidos. No exterior, o foco continua com os sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução da política monetária dos Estados Unidos, após a inflação do país ter vindo abaixo do esperado. As taxas de juros norte-americanas continuam no radar dos investidores nesta sexta-feira (12), principalmente após os bons resultados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, divulgados na véspera.

A inflação ao consumidor benigna de junho vem na sequência de outros dados menos pressionados de inflação e atividade, o que levou os mercados a acreditar que o Federal Reserve começará a cortar os juros em setembro, após sinalizá-lo na sua próxima reunião de política monetária em julho.O Ibovespa hoje sustenta a série de altas pela décima sessão consecutiva, retomando o nível dos 128 mil pontos após quase dois meses. A valorização tem amparo nas bolsas americanas, que sobem apesar do avanço maior do que o esperado pelo indicador de inflação americano divulgado nesta sexta-feira.

Contudo, os ganhos são moderados em parte pela cautela fiscal e agenda escassa. A flutuação do Ibovespa hoje reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do índice Ibovespa sobe, significa que, na média, as ações que o compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.

Às 14h10, o principal indicador da B3 subia 0,40%, aos 128.806,23 pontos, oscilando entre máxima de 128.733,28 e mínima de 128.002,39 pontos. Perspectivas de mercado indicam ventos contrários crescentes no mercado de celulose, sugerindo uma correção de preços para baixo no curto prazo. A dinâmica do mercado tem divergido entre as regiões, com a América do Norte mostrando um desempenho mais duradouro, a Europa indicando sinais de resfriamento da demanda e os preços na China caindo ainda mais no início de julho. Do lado da oferta, observam-se interrupções contínuas no fornecimento, enquanto novas capacidades estão se aproximando da entrada.

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