O futebol é uma das grandes paixões dos brasileiros e tem um papel de destaque na cultura nacional. Seja na Copa do Mundo, com as ruas pintadas em verde e amarelo, ou nos jogos de clubes nacionais, a influência do esporte no dia a dia do país é inegável. Uma das provas disso é que os três brasileiros mais seguidos no Instagram são jogadores de futebol: Neymar Jr, Ronaldinho Gaúcho e Marcelo Vieira.
Com tanta importância, o esporte tem até um dia para chamar de seu: em 19 de julho é comemorado o Dia Nacional do Futebol, data escolhida para homenagear o clube mais antigo do país ainda em atividade, o Sport Club Rio Grande, do Rio Grande do Sul, fundado em 19 de julho de 1900.
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Além da influência sociocultural, o esporte também movimenta a economia do país. Entre os setores beneficiados, se destaca o de bares e restaurantes. A transmissão de partidas de futebol nos estabelecimentos acaba se tornando um convite para o público, que aproveita para confraternizar com familiares e amigos, comer e beber bem, ao mesmo tempo em que assiste o jogo — isso quando não há outras programações pós-partida, como música ao vivo.
Uma pesquisa da Abrasel realizada em 2022, à época da Copa do Mundo do Catar, pode exemplificar como o futebol impacta o setor: a expectativa dos empreendedores era de que haveria um aumento de cerca de 30% no faturamento durante o período de participação da seleção brasileira na disputa. Ainda que os jogos acontecessem em horários atípicos, os brasileiros se planejaram para ir torcer sentados à mesa dos bares.
Amor ao futebol clube e ao negócio que transmite a partida
Para Diego Lobo, proprietário do Farani 1903, reduto de gremistas no Rio de Janeiro, a grande vantagem de ter um bar ligado às transmissões dos jogos de um clube é a fidelidade do público. “Faça chuva ou sol, eles estão aqui para assistir aos jogos do Grêmio. Já aumentamos o número de colaboradores, enfeitamos o local com bandeiras e o resultado é que em dias de jogos, temos o dobro do faturamento de um dia normal”, revela Diego.
Já o Mercadinho Bicalho, em Belo Horizonte, é considerado o ponto de encontro dos botafoguenses na capital mineira. Por estar localizado próximo à Arena Independência (estádio do América Mineiro), quando o time carioca joga na cidade, o bar é a casa dos torcedores.
“A primeira concentração foi em uma partida no Independência, em 2018. Os torcedores vieram pelas almôndegas que faço aqui, mas ficaram pela amizade que criamos. Mesmo eu sendo cruzeirense, coloquei bandeiras do Botafogo em nosso ambiente”, diz Nivaldo Bicalho, proprietário do estabelecimento.
“Sempre que estão por aqui, os botafoguenses dão um jeito de vir ao bar. Nosso Mercadinho já ficou conhecido por recebê-los em Belo Horizonte. Agora, quando o Botafogo joga na cidade, nosso faturamento duplica”, completa Nivaldo.
A paixão pelo futebol não se restringe apenas aos estádios, mas se estende aos bares e restaurantes, setor que está presente em todos os 5.570 municípios brasileiros, ao ponto de que alguns estabelecimentos se tornam parte da cultura dos torcedores durante as partidas.
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