Nicholas Maduro se proclamou vencedor na eleição da Venezuela. Opositores reclamam de processo fraudulento. As pesquisas de boca de urna apontavam vitória esmagadora do candidato da oposição. As primeiras contagens de voto mostravam Edmundo Gonzales com 68%.
Com 80% das urnas apuradas nesta segunda-feira (29/07), o presidente Maduro, reivindicou a vitória nas eleições para presidente, com 51,2% dos votos, contra 44,2% de seu principal adversário, Edmundo González Urrutia, citando dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O resultado, no entanto, é contestado pela oposição, que apresentava larga vantagem nas pesquisas eleitorais e clama vitória de Urrutia com mais de 70% dos votos.
Maduro e a voz das ruas
Nas ruas da capital, Caracas, um misto de raiva, lágrimas e incredulidade seguiu o anúncio dos resultados pelo CNE, órgão controlado por Maduro.
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No domingo, os eleitores fizeram filas antes do amanhecer para votar, aumentando as esperanças da oposição de que dariam um fim ao governo de 11 anos de Maduro. O resultado foi um choque para os membros da oposição, que até então apostavam numa vitória esmagadora de González.
“Os venezuelanos e o mundo inteiro sabem o que aconteceu”, disse González em um de seus primeiros comentários após o anúncio da CNE, referindo-se a supostas fraudes e manipulação.
Após os primeiros resultados, o sistema eleitoral controlado por Maduro parou de atualizar o resultado parcial por mais de 4 horas. Quando voltou, Maduro apareceu com 51%.
Os fiscais da oposição teriam sido retirados ou impedidos de participar da fiscalização da dos votos.
A líder da oposição, Maria Corina Machado, declarou que Edmundo foi eleito com 70% dos votos e que o resultado eleitoral foi manipulado pelo ditador venezuelano.
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