Protetores solares injetáveis, uma nova tendência

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Enquanto os protetores solares tradicionais ganham reforço de versões orais no Brasil, uma nova tecnologia começa a chamar atenção no exterior: os fotoprotetores injetáveis. Desenvolvidos para fortalecer as defesas naturais da pele contra os raios UV, esses produtos também prometem auxiliar no combate ao envelhecimento precoce, mas principalmente proteger pessoas de pele muito sensíveis contra doenças causadas pela exposição solar .

A novidade, já disponível em países como Estados Unidos, Europa, Japão e México, pode ser uma alternativa promissora para pessoas com pele sensível ou histórico de doenças dermatológicas.

Protetores solares injetáveis, uma nova tendência

De acordo com o professor de Dermatologia do Centro Universitário São Camilo, Daniel Cassiano, os fotoprotetores injetáveis são compostos por uma formulação que tem entre seus principais ativos o alfamelanotide, um peptídeo sintético que age como um análogo da melanotina, hormônio que regula a produção de melanina.

Essa substância ajuda a reduzir a dor e a sensibilidade ao sol, sendo especialmente útil no tratamento de condições como o vitiligo ou a eritropoiese protoporfírica, uma doença rara que causa extrema fotossensibilidade, causando queimaduras e feridas na pele após a exposição, mesmo que por curtos períodos.

Proteção solar: um cuidado necessário em qualquer clima

A exposição aos raios UV é uma preocupação constante, mesmo em dias nublados. Cerca de 80% da radiação ultravioleta consegue atravessar as nuvens, e superfícies como areia e água refletem até 80% desses raios, aumentando o risco de danos à pele.

Para pessoas de pele clara, até mesmo uma breve exposição ao sol pode resultar em queimaduras, especialmente nas áreas mais expostas. A longo prazo, esses danos cumulativos podem levar a dermatites, envelhecimento precoce e até mesmo ao câncer de pele.

Enquanto os fotoprotetores injetáveis ainda não chegam ao Brasil, os protetores solares orais já são uma realidade no mercado nacional e podem ser encontrados tanto em farmácias de manipulação como em drogarias.

Esses suplementos, que contêm substâncias como antioxidantes e extratos vegetais, oferecem uma proteção sistêmica contra os efeitos da radiação solar. “Eles são um complemento aos protetores tópicos, que têm duração limitada e podem perder eficácia com o suor ou água”, ressalta o professor do curso de Dermatologia.

Estudos clínicos comprovam que os fotoprotetores orais combatem os radicais livres que a radiação ultravioleta produziu na pele e reduzem os danos causados pela exposição ao sol.

Cuidados tradicionais continuam essenciais

Apesar dos avanços tecnológicos no campo da fotoproteção, especialistas alertam que os métodos tradicionais de proteção solar não podem ser deixados de lado. O uso diário de protetores solares tópicos, somado ao hábito de utilizar chapéus, óculos escuros, roupas adequadas e evitar a exposição prolongada ao sol, continua sendo a base para a prevenção de danos à pele.

“Proteções sistêmicas, sejam orais ou tópicas, funcionam como complementos, nunca como substitutos. A combinação de métodos é a forma mais eficaz de garantir a saúde da pele a longo prazo”, ressalta o professor Daniel Cassiano

Enquanto o mercado aguarda a chegada de fotoprotetores injetáveis ao Brasil, a mensagem do dermatologista é clara: a proteção solar deve ser uma prioridade absoluta, independentemente da estação do ano ou das condições climáticas. Com o equilíbrio entre novas tecnologias e cuidados tradicionais, é possível aproveitar os benefícios do sol de forma mais segura e saudável.

 

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