A jornalista Míriam Leitão, 72, foi eleita nesta quarta-feira (30) para a cadeira número sete da Academia Brasileira de Letras. Ela passa a ocupar a vaga do cineasta Cacá Diegues, que morreu em fevereiro deste ano, aos 84 anos.

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“Cacá Diegues é um gigante da cultura brasileira que conheceu e mostrou o Brasil profundamente em épocas de dificuldade. Fez um cinema de resistência às polarizações e radicalizações. E antes dele, Nelson Pereira dos Santos e Euclides da Cunha também estiveram na cadeira sete. Minha responsabilidade é grande”, disse Leitão à Folha de S.Paulo.

Miriam Leitão mais uma ‘global’

Leitão foi eleita com 20 dos 34 votos e os outros 14 foram para o economista Cristovam Buarque. Ela é mais uma ‘global’ na ABL, que é presidida por seu amigo Merval Pereira.

Com isso, ela se torna a 12ª mulher a integrar a ABL desde sua fundação, há 128 anos. A primeira foi a escritora Rachel de Queiroz, que se tornou imortal em 1977.

“Quando Heloísa Teixeira foi eleita, ela lembrou que era a décima mulher a entrar na ABL. Eu quero seguir os passos como a décima segunda —o que é pouco para uma história de 128 anos”, afirma Leitão. “O tempo para a mulher chegar à sua conquista é longo, mas eu sei que a história está mudando.”

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