Casas impressas em 3D transformam moradias e aceleram combate ao déficit habitacional
Tecnologia permite erguer casas em poucos dias, reduzir custos e oferecer moradia digna a famílias em todo o país
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Construir uma casa em menos de um dia, com até 30% de economia e menor impacto ambiental. O que parecia ficção científica já está transformando realidades: a tecnologia de impressão 3D aplicada à construção civil começa a se consolidar no Brasil como solução para o déficit habitacional, hoje estimado em 5,8 milhões de moradias, segundo a Fundação João Pinheiro (FJP)
Com base em um modelo digital, estruturas são erguidas camada por camada com concretos especiais, em um processo conhecido como construção aditiva. Mais ágil e preciso, ele reduz desperdícios e custos, sem abrir mão de segurança ou qualidade.
Em março de 2025, oito famílias do assentamento Mário Covas, em São Simão (SP), receberam as chaves de novas casas construídas com tecnologias inovadoras, incluindo impressão 3D. Antes, viviam em moradias improvisadas, com chão de terra batida. A mudança não foi apenas estrutural, mas social: acesso à moradia digna, mais saúde e segurança.
Na Bahia, outra residência de 57 m² foi impressa em apenas 8 dias, com custo estimado de R$ 190 mil e total controle de desperdício, mostrando que a tecnologia pode ser rápida, eficiente e acessível mesmo em regiões com infraestrutura limitada.
“A impressão 3D não é apenas inovação tecnológica, mas uma ferramenta concreta para reduzir o déficit habitacional, gerar rapidez na construção e proporcionar moradias dignas a famílias que viviam em condições precárias”, afirma Frederico Castanheira, engenheiro e especialista em gerenciamento de projetos
O Brasil segue uma tendência internacional. Nos Estados Unidos, a ICON já entregou bairros inteiros com casas populares erguidas por impressão 3D. Em Dubai, a meta é que 25% de todas as construções usem a técnica até 2030. E na China, moradias emergenciais foram levantadas em poucos dias após desastres naturais.
Especialistas projetam que, nos próximos anos, a impressão 3D seja incorporada em programas de habitação social e projetos emergenciais, especialmente em regiões atingidas por tragédias climáticas. Além de reduzir custos e acelerar a construção, a tecnologia permite projetos arquitetônicos ousados, com menor desperdício e maior sustentabilidade.
Sobre Frederico Castanheira
Engenheiro e especialista em gerenciamento de projetos, Frederico Castanheira atua no desenvolvimento de obras residenciais de alto padrão, aplicando metodologias de gestão que garantem eficiência, qualidade e valorização de empreendimentos. Sua trajetória alia experiência prática, inovação e visão estratégica, consolidando-o como referência no mercado de construção de luxo no Brasil.
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