Lançamento de “Proteus — O ouro negro” acompanha debates da COP 30 e leva às crianças uma aventura sobre petróleo, plástico e futuro do planeta
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Enquanto o mundo se prepara para discutir o futuro ambiental na COP 30, o escritor e doutor em sociologia Gustavo Gumiero lança o livro “Proteus — O ouro negro”, segundo volume da trilogia infantojuvenil “Proteus e a mudança climática”, que mistura aventura, humor e consciência ecológica. A obra, chega em um momento simbólico, em que a Amazônia e a exploração de petróleo voltam ao centro das atenções mundiais.
O lançamento será com versões e-book (download gratuito) e vídeo-livro no canal do YouTube. O formato amplia o alcance da mensagem e aproxima as crianças de um tema que definirá o futuro de sua geração.
O novo título dá sequência a Proteus — O Grande Problema, que apresentou às crianças o personagem Proteus, uma salamandra das cavernas rara e misteriosa, capaz de mudar de cor conforme a luz, enxergar por meio de emoções e viver anos sem se mover ou comer. Agora, em O Ouro Negro, o personagem mergulha nas águas da Amazônia para enfrentar um desafio urgente: a ganância humana pela exploração de petróleo e os riscos do plástico para o planeta.
A trama reflete um tema que está nas manchetes atuais. Em outubro, a Petrobras recebeu licença para perfuração de poços na foz do Rio Amazonas, o que gerou polêmica entre ambientalistas e especialistas em clima. Segundo pesquisa Datafolha, a maioria dos brasileiros é contra a exploração da região — um dado que reforça a relevância e a atualidade do enredo criado por Gumiero.
Uma aventura que ensina sobre coragem e consciência ambiental
No livro, Hélio Musgo retorna aliado aos ambiciosos Dom Truque e Molusco, que planejam explorar petróleo nas profundezas do oceano. Proteus, com sua sabedoria e olhar sensível, mostra às crianças os riscos da perfuração marinha, o impacto do petróleo sobre os ecossistemas e a ameaça invisível do plástico — um derivado desse mesmo “ouro negro” que invade oceanos e correntes alimentares.
A narrativa, cheia de humor e imaginação, traduz de forma leve temas complexos sobre sustentabilidade. “As crianças já crescem sentindo os efeitos da crise climática. Elas merecem entender o que acontece com o planeta de um jeito verdadeiro, mas também esperançoso”, afirma Gumiero. A salamandra, com sua aparência enigmática e comportamento surpreendente, simboliza a diversidade e a capacidade humana de adaptação, valores essenciais para enfrentar o futuro.
Ao lado dos amigos Gabi, Gê e Titi, Proteus enfrenta desafios que ultrapassam o mundo natural: ele combate a desinformação e o egoísmo que levam à destruição ambiental. O livro mostra que conhecimento e empatia podem vencer até mesmo as forças mais poderosas — e que proteger o planeta é um ato de inteligência e de amor.
Literatura que forma consciência e desperta emoções
Em Proteus — Ouro Negro, a narrativa combina aventura, crítica social e reflexão. As páginas coloridas e o enredo dinâmico ajudam a transformar ciência em algo acessível, despertando nas crianças curiosidade e empatia. “A sustentabilidade começa com a sensibilidade”, reforça Gumiero. A proposta é simples e poderosa: fazer o leitor sentir o que está em jogo antes de compreender racionalmente — porque toda transformação começa pelo coração.
A publicação acontece no mesmo mês que a COP 30, que acontecerá entre 10 e 21 de novembro em Belém (PA), reunindo líderes de quase 200 países para discutir metas de descarbonização e preservação das florestas. No mesmo espírito da conferência, o livro convida famílias e educadores a iniciarem o diálogo sobre o meio ambiente dentro de casa e nas salas de aula.
Entre o real e o imaginário, um convite à responsabilidade
Ao transformar a crise climática em narrativa, Gumiero cria uma ponte entre o que é científico e o que é humano. Proteus — O Ouro Negro não apenas diverte — ele inspira um olhar mais atento, ensinando que cada escolha, por menor que pareça, tem impacto sobre a Terra. “A literatura tem o poder de formar consciência. E consciência é o primeiro passo da mudança”, resume o autor.
Com um tom poético e provocador, o livro reafirma a importância de educar para o sentimento, não apenas para o conhecimento. E enquanto Proteus ensina sobre coragem, equilíbrio e respeito à natureza, o leitor aprende que imaginar um mundo melhor é o primeiro passo para construí-lo.
O autor já prepara o terceiro volume da trilogia, “Proteus — A última árvore”, que abordará o desmatamento e as mudanças nas leis ambientais — completando o ciclo de aventuras que unem emoção, ciência e compromisso com o planeta.
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