A Cúpula do Mercosul, que aconteceu no dia 7 de dezembro no Rio de Janeiro, promete

movimentar as negociações envolvendo o bloco e regiões importantes e representativas do comércio internacional. As expectativas estão em torno da assinatura do acordo de livre comércio com Singapura, e a oficialização da adesão da Bolívia como novo membro do Mercosul. O impacto desses movimentos pode inaugurar um novo momento para as relações comerciais do bloco e, em especial, do Brasil.

Após cinco anos de negociações, o acordo com Singapura é o primeiro em 12 anos que é feito com outros países fora da América do Sul e de relevância comercial importante para o Brasil, sendo seu sétimo maior parceiro no mundo, e aporta como um dos maiores investidores em infraestrutura, transporte e saneamento. O país está na lista de maiores investidores e receptores de investimentos no mundo, além de figurar em destaque na prestação de serviços de transporte marítimo.

Leia + notícias de Economia, emprego e mercado  

Com o acordo em vigor após a aprovação nos parlamentos de Singapura e dos países do Mercosul, a expectativa de aumento do fluxo comercial e de intercâmbio de tecnologias é bastante positiva, aponta Priscilla Bueno, Chief Transformation Officer (CTO) da Craft, multinacional brasileira especializada no segmento de transporte internacional de carga consolidada. “Em especial para o Brasil que, diferente do restante da América do Sul, mantém altas expectativas para 2024 de crescimento na movimentação de mercadorias gerais e commodities, na contramão da tendencia global”, ressalta a executiva.

Acordo de livre comércio entre Mercosul e Singapura pode ampliar o intercâmbio de tecnologias

O acordo prevê a adoção de padrões internacionais, além do uso de tecnologia da informação para maior agilidade nos trâmites burocráticos, que possibilitarão despacho mais ágil e ganhos aos exportadores brasileiros. “Estabelecer uma área de livre comércio com Singapura, o país asiático que mais abriga empresas brasileiras na Ásia, se configura uma porta de entrada mais ampla para o terceiro maior parceiro comercial do Brasil na região”, explica Priscilla.

Já a entrada da Bolívia no Mercosul, aprovada pelo Senado brasileiro no último dia 28, o último país do bloco que ainda não tinha assinado o aceite apesar das discussões terem iniciado 17 anos antes, foi oficializada no encontro. Como Brasil e Argentina são os principais parceiros comerciais da Bolívia e os serviços da Craft que atendem a região via portos do Uruguai e Chile (país associado ao Mercosul) estão em expansão, Priscilla vê com bons olhos o crescimento do comércio internacional na região.

PARTICIPE DO GRUPO DO NOVO MOMENTO NO WHATSAPP