A advogada Amanda Martins de Castro comemora sucesso mas lamenta proibição do ex-presidente Lula (PT) de ir ao velório do irmão. 
Esse foi um dos dias mais felizes da minha vida. A filha do operário e da doméstica que se tornou advogada. Que durante o curso teve um filho, uma separação turbulenta, 60 dias de UTI em outra cidade com seu filho e longe do resto de sua família, mudanças de cidade e de emprego mas que, com a fé que tinha na justiça e com a vontade que tinha de mudar o mundo, foi lá e se formou, com a honra de ter passado na OAB antes de se formar, tamanho amor que tinha pelo Direito.
Hoje, estou de luto, por ter sacrificado tanto tempo da minha vida, dedicado tanto esforço, à uma instituição falida, a algo utópico que talvez só tenha existido na minha cabeça e no meu coração e de alguns outros militantes.
A Lei foi ignorada, a Lei foi ferida de morte por aqueles que deveriam defendê-la e aplicá-la.
A mim, uma advogada, resta o lamento e o repúdio por esse Estado que não respeita nenhum direito humano.
As lágrimas que dos meus olhos escapam hoje, são por saber que, ainda assim, rastejarei nesse mar de lama pra tentar, ao máximo, defender o que resta (se ainda resta) desse Estado Democrático de Direito, sabendo que minha luta é vã e que minhas forças estão chegando ao fim.