Americana é retratada de maneira bastante positiva no Atlas de Violência 2019 divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A cidade aparece como uma das menos violentas do Estado de São Paulo e do Brasil, com baixas taxas de homicídio entre os municípios com mais de 100 mil habitantes.
Os números são bastante claros e colocam Americana como a sexta cidade do Estado e a nona do País com menos homicídios. Com uma população de 233.868 (dados de 2017), a taxa estimada de homicídios ficou em 7,7, bem abaixo da média de todos os municípios com mais de 100 mil habitantes, cuja taxa chega a 37,6.  
O estudo aponta que o nível de violência está diretamente ligado ao desenvolvimento humano da população. Cidades com boas condições habitacionais, educacionais, de saneamento e saúde tendem a registrar um menos índice de assassinatos. O mesmo Atlas aponta, por exemplo, que em Americana o atendimento escolar entre 15 e 17 anos chega a 85,2%; a porcentagem de pessoas que vivem em condições de saneamento inadequadas é de 0,1%; e o percentual de pessoas entre 15 e 24 anos que não trabalham nem estudam é de 3%.
Em julho deste ano, um levantamento do Instituto Sou da Paz já colocava Americana entre as 10 cidades com mais de 50 mil habitantes menos expostas a crimes violentos, com um índice de 9,7 que a colocava na nona posição com menos exposição.
O comandante da Guarda Municipal de Americana, Marcos Guilherme, enfatiza que os índices baixos de violência são reflexo das boas condições socioeconômicas da população em geral e das respostas imediatas às demandas da comunidade por parte das forças policiais do município. Guarda Municipal, Polícia Militar e Polícia Civil realizam, com frequência, operações conjuntas com o intuito de dar mais efetividade ao combate da criminalidade e, com isso, dar mais proteção à sociedade.
No que compete à Guarda Municipal, Marcos Guilherme elenca uma série de iniciativas adotadas pela corporação que impactam na segurança da cidade, como a elaboração de mapas e relatórios gráficos que auxiliam no planejamento de ações contra a criminalidade.
“A Guarda Municipal desenvolve várias ações, entre elas, a operação saturação, com abordagens de pessoas em atitudes suspeitas. Entre os patrulheiros, há grupos que trabalham, especificamente, no atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica e prevenção de drogas em escolas. Além disso, a Gama conta com uma sala de videomonitoramento, com câmeras instaladas em pontos estratégicos do Centro da cidade. As imagens são transmitidas em tempo real para a Central, onde profissionais as analisam e, se necessário, destacam viaturas para o local onde está sendo praticado algum delito”, avalia Marcos Guilherme.
A Gama trabalha, ainda, com dados estatísticos em parceria com a Polícia Militar e Polícia Civil, além do Programa Câmera Cidadã, no qual os cidadãos fornecem imagens das câmeras particulares para o Setor de Inteligência da corporação. “Essa colaboração facilita a identificação de autores de roubo, com a sua prisão de maneira rápida”, conclui o comandante.