O ex-prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, Denis Andia, recebeu representantes da TUSB para tratar da situação do leilão do estádio Antonio Guimarães.
A agenda foi solicitado pelo presidente da torcida uniformizada, Igor Alves.
No encontro, o grupo expôs sua preocupação com a eventual compra das dependências do clube, que inclui também o campo de futebol. O patrimônio do União Barbarense foi penhorado para garantia do pagamento de dívidas, sobretudo com ex-atletas que atuaram pela agremiação, principalmente, nas últimas duas décadas.
Em dezembro de 2021, toda a área foi arrematada por R$ 11,3 milhões pelo investidor americanense Luis Antonio Penteado, que também tem outros empreendimentos no município, entre eles, o Mercadão da Cidade. O questionamento do clube é que a área tem um valor de mercado muito acima do valor arrematado, algo em torno de R$ 40 milhões.
Nos últimos meses, uma campanha tem defendido o tombamento histórico do estádio como forma de impedir a efetivação da compra, que ainda aguarda o julgamento de recursos apresentados pelos advogados do clube na justiça. Até o momento, o arrematante depositou um sinal de cerca de 1% do valor, como forma de formalizar seu interesse pelo imóvel.
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Os torcedores relataram que também solicitaram uma audiência com o prefeito municipal, Rafael Piovezan, e que por não receberem retorno após 45 dias, resolveram procurar Denis Andia em busca ajuda e orientação.
O ex-prefeito atentou que a iniciativa pelo tombamento é justa e que, em sua opinião pessoal, o estádio reuniria elementos suficientes para justificar o processo junto ao CODEPASBO. Também ressaltou que é necessário observar se, mediante o trâmite judicial em curso, o tombamento teria o efeito desejado, uma vez que o arremate na justiça foi formalizado anteriormente. Andia também lembrou que a responsabilidade de assinar o tombamento cabe ao prefeito municipal e que, por isso, deve ser analisada com muito cuidado, avaliando os riscos judiciais a que ele estaria exposto, sob o olhar do Ministério Público e de eventuais ações que o próprio arrematante poderia ingressar na justiça contra o prefeito.
Segundo os participantes, o ex-prefeito se colocou à disposição para colaborar. Procurado pelo Diário de Santa Bárbara, Denis Andia comentou sobre a reunião e o assunto. “O pessoal me procurou porque todos estão muito apreensivos. É uma situação delicada. Compreendo perfeitamente e acho válida a iniciativa pelo tombamento. Possivelmente não resolva a situação do clube já que ele vai continuar com sua dívida, crescente e insolúvel. De qualquer forma, é um caminho dentro das poucas alternativas possíveis, ainda que frágil sob o olhar jurídico. Não é uma tomada de decisão simples para o prefeito, pois é ele quem assina e qualquer consequência jurídica recairia sobre ele, e vale lembrar que não foi ele quem levou o clube a essa situação. O que chama a atenção é valor ínfimo pelo qual o estádio esta sendo arrematado. Com isso, a maioria das dívidas não será saldada, infelizmente. Entendo que ainda há margem e tempo para dialogar com que está tentando comprar o estádio e demovê-los dessa intenção. A questão vai além de uma oportunidade de negócio imobiliário, trata-se de uma história centenária que pode chegar ao final. Creio que seja possível sensibilizar os arrematadores do real valor que tudo isso tem para muitos barbarenses. Tenho certeza de que eles são capazes de entender a situação, desistir do negócio e abrir um caminho para uma solução real para o clube se reerguer. Eles poderiam fazer parte disso, mas de outra forma. Não é simples, exige muito altruísmo da parte deles, mas é possível. Penso na história e viabilidade do nosso querido União, nos que têm a receber seus direitos trabalhistas e na visão de longo prazo que esses empresários devem ter sobre suas atividades em nossa cidade”, avaliou Andia.
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