O câncer de pênis é uma doença grave que, em alguns casos, pode levar à amputação do órgão. Embora o tema seja alvo de preocupação entre a população masculina, a condição pode ser evitada com hábitos de higiene adequados.

Segundo um relatório da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), foram registradas 22,2 mil internações por câncer de pênis nos últimos 10 anos, além de uma média anual de 585 amputações.

Embora os números absolutos possam parecer baixos, a doença está, na maioria dos casos, associada a questões de higiene, podendo ser prevenida com medidas simples.

Câncer de Pênis: Brasil registra 22 mil casos na década

Dados preocupam especialistas

Além do alto número de internações, o levantamento da SBU revelou que 4.500 homens morreram em decorrência do câncer de pênis entre 2014 e 2023.

Os principais sinais da doença incluem alterações na cor e textura da pele, caroços na virilha, secreção com odor forte e feridas que podem sangrar.

De acordo com Luiz Otavio Torres, presidente da SBU, o câncer de pênis é um dos poucos tipos de câncer que podem ser prevenidos. No entanto, sua incidência ainda é alta no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

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Embora seja mais comum em homens com mais de 50 anos, a doença também pode afetar indivíduos mais jovens. Em casos de amputação, há impactos consideráveis na qualidade de vida, afetando funções como a micção e a atividade sexual.

Prevenção pode evitar o câncer de pênis

A principal forma de prevenir o câncer de pênis é manter a higiene íntima adequada. A limpeza da região deve ser feita regularmente com água e sabão, garantindo a remoção completa de secreções que podem se acumular sob o prepúcio.

Além da higiene, outros fatores de risco também devem ser observados. A fimose, por exemplo, pode dificultar a limpeza e esconder sinais iniciais da doença, aumentando a gravidade dos casos. Nesses casos, a postectomia — cirurgia para remoção do excesso de pele — pode ser indicada.

Outra medida preventiva essencial é a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV), um dos fatores de risco para o câncer de pênis. A vacina está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para jovens entre 9 e 14 anos e pessoas com imunossupressão até os 45 anos.

Prótese peniana pode ser uma alternativa?

O uso de uma prótese peniana é uma alternativa na urologia para casos em que o pênis não funciona adequadamente por diferentes razões. Trata-se de um dispositivo implantado no órgão com o objetivo de restaurar sua funcionalidade.

Dependendo do tratamento e da recomendação médica, a prótese pode ser indicada para pacientes com câncer de pênis. No entanto, é importante ressaltar que o dispositivo não é eficaz em casos de mutilação ou amputação do órgão, situação que pode ocorrer em estágios mais avançados da doença.

Geralmente, a prótese peniana é recomendada para casos de disfunção erétil quando outros tratamentos não apresentam resultados. Pode ser, por exemplo, uma solução para homens que tiveram a próstata removida devido a um câncer na região.

Exames de rotina são essenciais para a saúde masculina

Embora a prótese peniana possa contribuir para a qualidade de vida, a prevenção continua sendo a melhor estratégia. Para isso, exames periódicos são fundamentais na detecção precoce de diversas condições de saúde. Entre os principais estão:

  • Hemograma completo – avalia possíveis alterações no sangue.
  • Glicemia – verifica os níveis de açúcar no sangue, auxiliando no diagnóstico de diabetes.
  • Função renal – importante para identificar problemas nos rins, que muitas vezes são silenciosos.
  • Eletrocardiograma (ECG) – detecta possíveis alterações cardíacas.
  • Toque retal – essencial para avaliar alterações na próstata e identificar possíveis casos de câncer.

Dependendo do histórico familiar e de outros fatores de risco, outros exames podem ser recomendados pelo médico. O acompanhamento regular é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida e prevenir doenças que poderiam ser evitadas com diagnóstico precoce.

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