Faltou apelo. E porque faltou apelo? Porque era algo difícil de explicar. Porque não traz junto alternativas para resolver o problema da saúde. Claro que, com mais dinheiro, se faz mais coisa- ou melhora o atendimento. Mas não foi isso que foi propagandeado. Ficou parecendo, para o grande público, que a disputa era quase pessoal de grupos que estão de olho em saber quem vai mandar na saúde. Por ora, é o time do prefeito Omar Najar (MDB). E, claramente, a emenda saiu pior que o soneto.
Sequer uma peça com efeito para investigação posterior foi criada ao final da CEI, mas vamos a outro ponto. Porque não teve apelo? E qual o jogo a ser jogado?
Poucos funcionários (ou ex) da área da saúde de Americana puseram a cara ou articularam manifestações em favor da CEI. Este ponto, a pressão pública ou de grupos de interesse, é fundamental para se aprovar ou não projetos ou CEIs da vida.
Outro ponto. Faltou clareza com o que se queria fazer com a CEI. Cassar o prefeito? Criar instabilidade política? Grupos de interesse tentavam (de leve) apostar no ponto da instabilidade. Eivada de boa vontade, a vereadora Giovana Fortunato (PCdoB) parecia pregar no deserto no foco de saber se houve ou não desvios, mas poucos a viam como a moça da boa vontade, e assim foi acabando o fôlego do projeto.
Por conta das forças em jogo, o resultado da CEI pode ser visto como um ensaio para 2020, ainda sem entrar na equação o resultado das urnas em outubro- em especial para deputados e para o governo do Estado.