A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, emitiu uma nota na manhã desta quarta-feira sobre a morte de milhares de peixes no Rio Piracicaba no último domingo. Foi identificado que a responsável foi a Usina São José S/A Açúcar e Álcool.

Dados do SIMQUA, Sistema de Monitoramento da Qualidade da Água, da CETESB, mostram que na manhã de hoje (10) a concentração de oxigênio dissolvido na água do Rio Piracicaba está normalizada. Isso porque a fonte de poluição, que causou a mortandade dos peixes foi eliminada na última segunda-feira (8).

O laudo das amostras das coletas para análises laboratoriais feitas no rio, com os dados específicos, está previsto para ficar pronto na próxima terça-feira (16).

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FISCALIZAÇÃO E AÇÕES LEGAIS
No dia 8, a CETESB localizou a fonte poluidora, interrompeu o descarte irregular de resíduo industrial e iniciou as análises das amostras coletadas para definir as punições cabíveis à usina, que incluem multa gravíssima e encaminhamento para apuração de crime ambiental, além de ajustes de conduta por parte da empresa.

No dia seguinte, equipes da Companhia monitoraram a operação da usina, para evitar novos despejos, e exigiram que fosse feita a limpeza dos resíduos empoçados em alguns trechos do rio, o que está sendo feito.

HISTÓRICO
A CETESB agiu imediatamente ao receber, no domingo (7), as primeiras denúncias sobre o odor alterado do Rio Piracicaba e a mortandade de peixes, enviando equipes técnicas para coletar amostras e vistoriar o local.

Nesse mesmo dia, foi solicitado à empresa concessionária da UHE Salto Grande, em Americana, o aumento do vertimento de águas do reservatório. O Rio Piracicaba recebeu, então, um incremento de volume de água com oxigênio dissolvido, o que contribuiu para a diluição da carga poluidora, sem interferência no sistema que garante o nível necessário de água na represa.

Já na tarde do dia 09/07, os dados de monitoramento automático da CETESB no Rio Piracicaba apontavam uma recuperação considerável na quantidade de oxigênio dissolvido (de 0 para 2,65 mg/l e 2,72mg/l, indicando melhora a cada período), condições mais favoráveis para a sobrevivência dos peixes. 

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