Seria ridículo se fosse em outra casa. Ou se fosse outra a causa- Copa do Mundo, por exemplo.
O brasileiro é crente, sincrético. O jornalismo se arvora superior, moderno, caucado no conhecimento dos fatos. Na ‘verdade’, duela a quien duela.
Mas não. A torcida tem que baixar ao ridículo. Tem que ‘escalar’ mães de santo, padres, búzios e tarôs para, ao menos no campo esotérico, derrubar o inimigo.
O bastião dos valores modernos, da crença na Justiça, no direito, no avanço dos valores liberais faz quadradinho de oito e vai até o chão.
Abdica de décadas de tradição, envergonha a redação e entrega tudo pra Deus (ou deuses) afim de que eles possam, atendendo pedidos esotéricos, derrubar o adversário que a Justiça ainda não conseguiu por abaixo.
Mas vamos lá, 2014 promete. Vamos ver o que os deuses, onde quer que estejam, serão capazes de fazer pelas torcidas antagônicas.