Decisão recente do Tribunal de Justiça de São Paulo joga um balde de água fria no poderoso Grupo Nicoletti. O Tribunal determinou que nenhum bem do ativo permanente das pessoas jurídicas ligadas ao conglomerado pode ser vendido ou dado em garantia sem autorização expressa do Judiciário. O NM teve acesso à decisão judicial.
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Para piorar, ao que tudo indica, cada operação dependerá da emissão prévia de alvará pelo juiz de primeira instância.
O que isso significa na prática?
Bloqueio de manobras financeiras: qualquer tentativa de levantar caixa com a venda de imóveis, máquinas ou participações estratégicas está, por ora, suspensa até decisão judicial que a autorize. A Justiça impediu que bens do ativo permanente sejam alienados diante do temor de dilapidação patrimonial.
Sinal vermelho investidores e credores: quem apostar em negociar com as empresas da holding terá de esperar “ok” judicial, sob pena de ver o negócio anulado.
Pressão máxima sobre a gestão: a própria decisão menciona “conturbações processuais” que teriam levado à intervenção na administração, agora parcialmente suspensa – mas sob vigilância cerrada.
Nos bastidores, o que se vê é uma autêntica guerra de família: dois grupos trocam farpas públicas e acusações nos autos, enquanto o processo – que investiga uma suposta alienação fraudulenta dos ativos das empresas do Grupo Nicoletti, com prejuízo milionário a uma das sócias – se arrasta em meio a disputas de intensidade explosiva, dignas de novela, culminando na decisão que travou qualquer movimento patrimonial sem o crivo do Judiciário.
O suspense do próximo capítulo do caso Nicoletti
A ordem vale até que uma eventual apelação seja julgada, o que abre um novo round de disputas nos tribunais. Enquanto isso, concorrentes dos ramos têxtil e imobiliário esfregam as mãos ante a possibilidade de um abalo no império Nicoletti.
Perguntas que não querem calar
Quais operações estavam engatilhadas e podem ruir por falta de alvará?
Que “conturbações” internas provocaram tamanho desgaste com a Justiça?
Quantos milhões (ou bilhões?) ficarão congelados até o desfecho do recurso?
Por ora, silêncio absoluto na sede do grupo. Portas fechadas, porta-vozes mudos e muita correria nos corredores jurídicos. Enquanto isso, a decisão judicial ecoa como um trovão: o reinado Celso Nicoletti está, oficialmente, sob tutela do crivo judicial.
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