Segundo estimativa da PSafe, empresa com foco em desenvolvimento de aplicativos de segurança, performance e privacidade para celulares, 8,8 milhões de pessoas no Brasil teriam sido impactadas por Fake News nos três primeiros meses de 2018. Entre os principais temas abordados estão as notícias relacionadas a temas de saúde (41%), política (38%) e celebridades (18%).
As empresas também têm sido alvo das Fake News. De acordo com o site americano Snopes, especializado em checar informações, sete das 50 notícias falsas mais populares no início de abril deste ano tinham como alvo empresas e seus produtos.
Para Leonardo Theon de Moraes, advogado especialista em Direito Empresarial, atualmente, todas as empresas devem se preocupar com estratégias para a contenção de crise de imagem.
Como qualquer pessoa pode produzir conteúdo, é fácil criar um vídeo ou foto falsos. ???As empresas devem estar preparadas para agir rapidamente, pois as notícias falsas podem se espalhar em poucas horas ou até mesmo minutos???, afirma.
O advogado diz que eventos de crise que envolvem notícias falsas devem ser tratados de forma abrangente. Medidas judiciais, administrativas e midiáticas devem ser tomadas simultaneamente.
???Respostas claras, discretas e inteligentes podem minimizar os impactos financeiros, de imagem ou processuais???, explica o especialista.
Buscar recursos judiciais se torna apenas viável se o agente infrator e as vítimas forem identificadas e se houver prejuízo financeiro comprovado. ???Caso contrário, uma medida judicial se mostrará custosa e ineficiente???, destaca Theon de Moraes.
Ainda assim, o mais eficaz contra estes eventos é a atualização dos planos de contingência ou, na sua inexistência, a criação deles. Esses planos devem conter quais ações deverão ser tomadas na ocorrência de um evento, facilitando a administração da contingência.
???A Coca-Cola, por exemplo, introduziu em seus processos internos ações de combate aos boatos e no ano passado inaugurou uma seção específica no site da companhia para desmentir as notícias falsas???, conclui.