Chega a Americana, no sábado (24), às 20h, o espetáculo “Mãe, sou Queer!”

que, com um texto sensível e desafiador, pretende levar o público a acompanhar os caminhos trilhados pelas mães de filhes “queers”, até a aceitação.

Uma história onde vários medos, expectativas, dúvidas e questões sobre os padrões heteronormativos virão à tona, além das “guerras” diárias que os corpos “queers” enfrentam na nossa sociedade. O objetivo é fazer pensar: até quando precisarão enfrentar?

Espetáculo Mãe, sou Queer! em Americana este sábado (24)

O espetáculo, que foi aprovado com recursos do Programa Ação Cultural (ProAC 2022), da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, é uma realização da Cia da Entropia, de São José dos Campos, e tem o apoio gestor da Cooperativa Paulista de Teatro.

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A apresentação será no Teatro Fábrica Das Artes (Rua Dr. Cícero Jones, 146 – Vila Rehder).

Os ingressos são gratuitos, mas é necessário reservar, antecipadamente, pelo Sympla.

O espetáculo

São duas personagens em cena (uma mãe solo e sua filhe). A filha interpretada pela atriz Guia, que faz parte da comunidade queer, e a mãe interpretada pela atriz Simone Sobreda, que é mãe de uma filha bissexual.

As duas já estiveram juntas em outros encontros de trabalho e, a partir destes encontros e de muitas conversas, decidiram contar suas histórias que, aliás, se mistura com histórias de diversas mães e filhes.

A peça vai escancarar que, embora pensamentos referentes a gênero e suas performances tenham passado por transformações substantivas ao longo da história, a sexualidade e gênero ainda são encarados como grandes tabus. Um assunto velado, principalmente, no âmbito familiar, devido à sua organização heteronormativa.

No entanto, essa delimitação dos papéis de gênero e suas expectativas passa a ser repensada por corpos que desobedecem às normas.

O que é ser diferente no vestir, no agir, na expressão do próprio ser?

Nessa história de “mãe e filhe”, vários medos, expectativas, dúvidas e questões sobre as construções cis patriarcais virão à tona.

O texto destaca também temas referentes às causas atribuídas à sexualidade desses filhes e a superação de preconceitos.

Será que o que entendemos sobre o amor seja só apego aos nossos ideais?

A peça tem dramaturgia colaborativa entre as atrizes e o diretor Diogo Cábuli, com provocações de Henri Ferraz.

“Essa obra foi gerada por muitos seres incríveis, fazedores da arte e “queermeras” da vida. Tivemos que girar muitas engrenagens para que esse trem desse a partida e nos encontramos, muitas vezes, suspensos a mais de mil metros do chão, buscando o melhor caminho para se contar essa história. O processo colaborativo realizado por pessoas, na sua maioria queers, se fez potente e desafiador.  Nesse caminho foi necessário dar um salto, para além das bolhas que vivemos”, disse Diogo.

Americana é a segunda cidade a receber o espetáculo, que fez sua estréia em São José dos Campos. Há ainda mais três apresentações previstas: em São Sebastião (02/03), de novo em São José dos Campos (09/03) e, por último, Registro (15/03), onde encerra a temporada.

 

Cia da Entropia

A Cia da Entropia nasceu oficialmente em 2018, em São José dos Campos, da união das experiências da atriz Simone Sobreda em produção e atuação, e de Elton Dietrich, em administração e gestão financeira.

A Cia da Entropia faz uso de estruturas do teatro contemporâneo, documental e narrativo para trazer em seus processos os temas sociais e políticos que impulsionam seus criadores na vida e no fazer artístico.

A entropia é uma variável de estado da termodinâmica que é popularmente associada ao conceito de desordem. O nome foi escolhido, portanto, devido ao caos interno e externo que coabitam os artistas e que, a partir dessa desordem, transformam-na em arte.

 

“Mãe, sou Queer!”

DIA: 24.02 (sábado), às 20h

LOCAL:  Teatro Fábrica Das Artes (Rua Dr. Cícero Jones, 146 – Vila Rehder)

CLASSIFICAÇÃO: 14 anos

DURAÇÃO: 50 minutos

INGRESSOS: gratuitos, mas é preciso reservar antecipadamente pelo Sympla)

  FICHA TÉCNICA

Atrizes: Guia e Simone Sobreda

Direção Geral: Diogo Cábuli

Criação de Figurino: K8 Valença

Cenógrafo, iluminador e produtor audiovisual: Wilian S. Sousa

Sonoplasta e técnico de som: João Gouvêa

Técnica e operadora de luz: B.R. Gabs

Produtora executiva: Bel Gomes

Gestor Financeiro: Elton Dietrich

Videomaker: Drop Video

Preparadora corporal: Brun Willi

Design gráfico, social media e provocador: Henri Ferraz

Intérprete de Libras: Sara Elisiê

Apoio: Cia Bola de Meia, Teatro Marcelo Denny, Manifesto Criativo, CAC Walmor Chagas e Associação Transbordamos

Execução: Cia da Entropia

Produção: Manifestoprod

 

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