A estudante de enfermagem Rafaela Teixeira, 22, que caiu do camarote Setor B na Festa do Peão de Americana, na madrugada da última quinta-feira, fraturou a coluna e passou por uma cirurgia que durou cerca de seis horas. Segundo a assessoria da Saúde, Rafaela teve que colocar 6 pinos na coluna, passa bem mas não tem previsão de alta. A jovem tropeçou em uma tábua solta e despencou cerca de quatro metros. Ela foi atendida pelo Corpo de Bombeiros e conduzida ao hospital municipal de Americana.
“Estou indignada. Por ser um camarote, teria que ter mais segurança, mas faltava até iluminação na escada, o que facilita que as pessoas caiam. Depois de meia hora que eu já tinha caído, colocaram uma grade de segurança no local, mas já era tarde”, disse a jovem, em entrevista ao jornal “TodoDia”.
Até a noite desta sexta-feira (15), nenhum Boletim de Ocorrência havia sido registrado, mas o pai da estudante, o ex-cabo da Polícia Militar Irineu Teixeira, adiantou que a família pretende processar os organizadores da festa.
“Eu estou indignado porque só aconteceu por falta de segurança. Estou tentando buscar informações com os bombeiros que a socorreram para abrir um processo”, disse. Em entrevista ao jornal “TodoDia”, o advogado do clube dos cavaleiros, José Antonio Franzin se pronunciou sobre o ocorrido e disse tratar-se de uma “fatalidade”. Franzin disse que o clube está com todos os alvarás de funcionamento em dia.
“Todos os laudos estão OK. Quanto a isso estamos muito tranquilos”, afirmou o representante, que disse também que o clube irá acatar qualquer decisão judicial sobre o caso.
Sobre o fato de nenhuma ocorrência ter sido registrada momentos após o acidente Frazin disse que a organização priorizou o atendimento à jovem.
“Na hora, tratou-se de socorrê-la, e o BO é uma providência que pode ser feita em outra hora. O pai da garota, ao que parece, fará isso na segunda-feira”, afirmou.