Por diversas razões, se manter em dia com a dívida de um financiamento de carro pode ser um grande desafio, especialmente em tempos de crise financeira. Com a alta da inflação e do desemprego, hoje cada vez mais famílias estão enfrentando dificuldades, e, muitas vezes, torna-se impraticável continuar arcando com uma despesa como essa. A pior parte é que um veículo financiado segue sendo posse do credor, e não do comprador, então caso os atrasos se acumulem, pode ser iniciado um processo de busca e apreensão, levando a pessoa a perder o automóvel.

Para que um veículo entre na mira da apreensão, o comprador deve atrasar no mínimo três prestações, mas, do ponto de vista legal, qualquer atraso já permite que a instituição credora tome o veículo de volta. Além de perder o bem, a pessoa também sai no prejuízo, pois todo o dinheiro das parcelas anteriores investido até ali não é ressarcido, então é uma situação prejudicial de diversas formas.

Diante dessa dificuldade, existem algumas medidas que o comprador pode tomar, a fim de evitar problemas. Caso não queira perder o veículo nem o dinheiro que já investiu, é possível negociar a dívida diretamente com a instituição financeira responsável ou com os birôs de crédito, como a Serasa, mas é recomendado fazer isso já no primeiro atraso. Seja através de juros menores ou com parcelas mais em conta, o credor sempre está disposto a achar uma forma de manter os pagamentos em dia, mas lembre-se que isso não muda o valor total a ser pago. O máximo que pode acontecer é que a dívida se estenda por mais tempo, mas o que foi negociado previamente permanece.

Caso a pessoa decida desistir do veículo, ela pode fazer uma devolução amigável ou passar o financiamento para outra pessoa. Essas alternativas não solucionam o problema do prejuízo, mas ao menos deixam o comprador 100% livre dessa dívida. Só é necessário acertar tudo diretamente com a instituição financeira, para que não haja problemas posteriormente. Quando outra pessoa vai assumir a dívida, o cuidado precisa ser em dobro, passando o veículo para o nome do novo comprador e acertando tudo diretamente com o credor.

Outra alternativa menos adotada é vender o veículo financiado para quitar a dívida, algo que pode ser feito até mesmo para a própria concessionária onde foi comprado. O valor obtido será sempre menor, pois o financiamento é acrescido de juros, mas será suficiente para quitar a maior parte da dívida, e, assim, basta adicionar um pouco mais para resolver a pendência.