O governo sinaliza que vai adotar o horário de verão, banido desde 2018, neste ano. Com a economia de energia elétrica, a medida é vista com bons olhos pelo Planalto, pois as autoridades acreditam que é algo desejado pela população.
De fato, uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileiras de Bares e Restaurantes mostra que 54,9% da população dizem ser favoráveis à decisão de adiantar os relógios em uma hora. Em contraposição, apenas 25% são contrários à mudança.
Caso seja adotado, será o primeiro horário de verão regido pelas mídias sociais e pela polarização. É de se esperar, portanto, que exista algum tipo de polêmica nas redes cercando o assunto.
Será que o novo horário será visto como um ato arbitrário? Ou uma medida ligada à esquerda? Nos dias de hoje, tudo é possível – e temas que dificilmente seriam discutidos com paixão pela sociedade acabam sendo o epicentro de debates intermináveis.
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Se, por um lado, o adiantamento dos relógios ajuda o comércio e principalmente os bares e restaurantes, já não causa a economia propiciada nos anos 1980 e 1990. É preciso ainda lembrar que o perfil do consumo de energia, nos últimos tempos, mudou bastante. Antes, esticar a luz do sol em uma hora permitia que ligássemos os interruptores das casas e escritórios mais tarde, o que causaria a economia desejada.
Na década de 1980, porém, não havia a quantidade de aparelhos de ar-condicionado que temos hoje. E esse volume só tende a crescer com a temperatura cada vez mais alta. Vejamos o desempenho dessa indústria no primeiro semestre do ano: foram vendidos 3,28 milhões de equipamentos, uma alta de 83% em relação ao mesmo período do ano passado.
Portanto, teremos uma massa crescente de pessoas ligando os seus aparelhos para se refrescar, o que gera um consumo razoável de energia, cancelando muito do que poderia ser economizado com o aproveitamento da luz natural.
Economia com horário de verão
Vamos aos números: em 2013, o horário de verão gerou uma economia de R$ 405 milhões. Em 2016, houve uma queda de 60% nesses índices, poupando R$ 159,5 milhões. Um ano mais tarde, a queda de consumo foi equivalente a cerca de R$ 145 milhões.
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