O Indicador de Inadimplência de Pessoas Jurídicas divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que a quantidade de empresas inadimplentes aumentou 5,15% em março, em comparação ao mesmo período de 2016. Apesar disso, o crescimento do número de pessoas jurídicas negativadas no país perdeu força durante 2016 e segue estabilizado em 2017 – em março do ano passado, a variação anual havia sido de 11,08%.
Levando em consideração os dados das cinco regiões brasileiras, o indicador demonstrou que o Norte teve o maior avanço do número de pessoas jurídicas negativadas em relação a março de 2016 (5,79%), seguido de perto pelo Nordeste (5,75%). Em seguida, vêm o Sudeste (5,35%), Centro-Oeste (4,74%) e Sul (3,03%).
Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, “o abrandamento no aumento da inadimplência mesmo em meio à crise acontece porque, com a maior restrição ao crédito e menor propensão a investir, há redução dos custos e, consequentemente, do endividamento.”
Houve também aumento de 3,07% na quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas, na comparação com março de 2016. Ainda assim, o número também está em patamar baixo em relação à série histórica. O número de empresas devedoras por setor indica que o segmento de serviços (que engloba bancos e instituições financeiras) teve a maior alta de empresas negativadas em janeiro de 2017 na comparação com o mesmo período do ano anterior (8,00%), seguido de indústria (4,72%) e comércio (4,11%).
Metodologia
O indicador de inadimplência das empresas sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação.