A indústria têxtil de São Paulo, representado pelas empresas de insumos (fibras, fios, tecidos, malhas, aviamentos, cama mesa e banho) vem conseguindo um resultado melhor em comparação às empresas de confecção, principalmente de vestuário, quando se trata de empregos.

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A análise é feita pelo Sinditêxtil-SP sobre os últimos dados do CAGED, a saber:

– De janeiro a maior de 2024, o setor T&C paulista como um todo, manteve um saldo de 5,3 mil empregos.

– Contudo, ao desagregar os dados, percebe-se que, a cada mês, o setor têxtil vem mantendo um saldo (contratados menos os demitidos) maior:

Últimos 12 meses: indústria T&C Paulista:

Indústria têxtil paulista em alta no emprego este ano

– O saldo no acumulado de 12 meses (jun/23 a maio/24), onde é incluído o período sazonal do final do ano (com vários desligamentos) está assim: Têxtil com saldo de 1,6 mil empregos gerados e Confecção com 1,9 mil demissões.

Segundo Julio Scudeler, presidente do Sinditêxtil-SP, o setor têxtil tem performado melhor se comparado à confecção devido outros segmentos, que não são roupas, que o setor atende, como setor médico, higiene, limpeza, construção, agrícola, dentre outros. “A confecção vem sofrendo o impacto do varejo, com a concorrência das plataformas internacionais, cujos efeitos da lei recentemente sancionada pelo Presidente Lula, entrará em vigor a partir de 1 de agosto. Porém, outro fator que afeta a indústria têxtil e de confecção de São Paulo é a perda de competitividade para outros estados, em função da histórica guerra fiscal. São Paulo já não é mais o maior produtor de vestuário do País, e vem perdendo mais participação” declara Scudeler.

Além desses problemas que impactam a indústria da moda em São Paulo, soma-se os problemas nacionais já conhecidos. “Os juros continuam altos e a carga tributária insana irá prosseguir por muitos anos, até a reforma ser validada” Explica Julio Scudeler.

“A soma de todos esses fatores mostra como é essencial, para São Paulo, manter o Crédito Outorgado para as indústrias paulistas. Do contrário, o processo de redução do protagonismo industrial paulista irá afetar gravemente os empregos da Cadeia Têxtil e de Confecção” conclui.

Sobre o Sinditêxtil-SP

Fundado na década de 30, o Sinditêxtil-SP tem como principal missão promover a competitividade global aos negócios do Setor Têxtil de São Paulo, de forma sustentável.

Dentro desse propósito, o Sindicato busca fortalecer empresas produtoras desde as matérias-primas naturais e sintéticas, fiações, até tecelagens, malharias, tinturarias e estamparias e, ainda, confecções de cama e banho. São cerca de 800 empresas têxteis paulistas, totalizando perto de 100 mil empregos diretos. O estado de São Paulo representa aproximadamente 26% da produção nacional do setor têxtil e de confecção.

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