As empresas de tecnologia estão cada vez mais em busca de talentos que não só possuam competências técnicas aprimoradas, mas que também apresentem um bom fit cultural com a organização. O recente Guia Salarial da recrutadora Robert Half destaca que, em 2024, haverá um mercado aquecido para profissionais de tecnologia, com uma demanda considerável por especialistas.
Podemos dizer que a Revolução 4.0 tem sido transformadora para a vida de milhões de pessoas. Mas, o Brasil precisa vencer grandes desafios para obter todos os benefícios trazidos pela transformação digital. Um destes desafios é muito urgente: a formação de profissionais digitais. São as pessoas que serão responsáveis por criar, desenvolver, programar e manter os serviços relacionados à tecnologia – desde um aplicativo para celulares até grandes sistemas de informação para governos ou grandes empresas.
De acordo com dados do IDC, em 2019, identificou-se um déficit de aproximadamente 161 mil profissionais digitais necessários para desempenhar funções cruciais de gestão, manutenção e suporte a redes digitais. Essa situação torna-se ainda mais complexa diante da projeção da criação de 420 mil novos postos de trabalho até o final de 2025, conforme indicado pela Brasscom em 2019.
O Brasil, seja por instituições públicas ou privadas, forma anualmente cerca de 46 mil pessoas na área. Melissa Gois, diretora de operações da Ahoy, comenta que para enfrentar a insuficiência de talentos qualificados, as empresas devem investir em programas de treinamento e desenvolvimento, além de estabelecer parcerias com instituições de ensino e oferecer oportunidades de aprendizado contínuo aos seus colaboradores. “Hoje, há muitos profissionais estudando, mas até todos se qualificarem e ganharem experiência levará um tempo, o que colabora com a escassez atual e futura da mão de obra”, diz.
À medida que o mercado de tecnologia se expande, as empresas buscam profissionais com habilidades técnicas e comportamentais específicas para atender às crescentes demandas. As habilidades mais procuradas incluem competências em áreas como:
- Cibersegurança;
- Inteligência artificial;
- Aprendizado de máquina;
- Análise de dados;
- Computação em nuvem e blockchain.
“Além disso, as empresas valorizam soft skills como comunicação eficaz, capacidade de resolução de problemas, trabalho em equipe e proatividade, além das habilidades técnicas essenciais como ERP, Cloud Computing e linguagens de programação como Python e Java. No grupo Belago esse cenário não é diferente, são habilidades importantes que nos ajudam a ter sucesso no dia a dia”, explica Melissa.
As organizações de tecnologia valorizam profissionais com excelente comunicação, capazes de explicar conceitos técnicos para públicos não especializados, e também aqueles que sabem trabalhar bem em equipe. A adaptabilidade, a proatividade e a liderança são outras características altamente procuradas, principalmente porque o ambiente tech está sempre se atualizando e requer profissionais que lideram pelo exemplo e inspiração.