Aversão a perdas, desinformação, falta de disciplina? ?? difícil saber o motivo exato pelo qual muitas pessoas ainda investem pouco e desconhecem as modalidades mais rentáveis. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) buscou conhecer os hábitos e as preferências do brasileiro no momento de poupar. A pesquisa mostra que 58% dos poupadores não sabem quais são os investimentos com as melhores taxas de retorno – percentual que aumenta para 66% entre as mulheres e 63% entre os pertencentes às classes C, D e E. Em contrapartida, 42% garantem saber.

De acordo com o levantamento, a poupança ainda é o investimento mais recorrente entre os entrevistados, citada por 61%, a média de tempo que possuem é mais de 3 anos, o valor médio acumulado é de R$ 2.152,00 e o principal motivo para escolher é liquidez, ou seja, a flexibilidade de uso quando necessário (38%).
Considerando os entrevistados que possuem investimentos, os dados mostram que a principal finalidade são os imprevistos como doença ou morte (25%), seguida do desejo de constituir reserva para o caso de ficar desempregado (23%), garantir um futuro melhor para a família (22%) e viajar (20%, com aumento de 11,4 p.p em relação a 2015 e chegando a 33% entre os mais velhos e 31% nas classes A e B). Na hipótese de algum imprevisto, como perda do emprego ou problema de saúde, 37% se manteriam por menos de três meses. A pesquisa procurou conhecer os produtos, investimentos e serviços financeiros mais utilizados pelos brasileiros e a conta corrente foi a mais popular, citada por 67% dos investigados. Em seguida aparecem o cartão de crédito (63%), a poupança (61%) e o plano de saúde (40%). 
Os principais investimentos dos brasileiros: Poupança: 61% dos entrevistados que possuem investimentos tem poupança. Em média, investem a 3,6 anos, principalmente pela flexibilidade de uso quando necessário (38%). O valor médio do valor acumulado pelos entrevistados é de R$ 2.152,00; 
Imóveis: 18% dos entrevistados têm imóveis. Em média, possuem há 4 anos, principalmente pela segurança que este tipo de investimento dá (30%); 
Previdência Privada: 13% dos entrevistados possuem previdência privada. Em média, 3,5 anos, sendo que 18% por indicação do gerente do banco; 
Fundo de Investimento: 9% dos entrevistados investem em fundos de investimentos e usam essa modalidade, em média, há 2,2 anos. 43% optaram por indicação do gerente de banco; 
Dólar: 6% dos entrevistados têm dólar. Possuem essas reservas há 2,8 anos, em média. 30% escolheram pela flexibilidade de uso do dinheiro quando necessário; 
CDB: 5% dos entrevistados têm CDB. Em média, usam a modalidade  há 3,3 anos, feitos principalmente após pesquisa em sites especializados ou de notícias (32%).